São Paulo declara guerra ao mosquito da dengue
São Paulo, 24 abr (EFE).- Uniformizados e armados com muito repelente, 50 soldados do exército patrulham a cidade de São Paulo para combater o inimigo: o mosquito da dengue, que já infectou 460 mil pessoas este ano no país.
A presença de soldados e cabos, acompanhados de um agente sanitário cada, serve para dar confiança à população durante as tarefas de vigilância e conscientização que a prefeitura de São Paulo realiza para combater a epidemia.
“A prefeitura nos convocou porque nem todas as pessoas abrem as portas de sua casa aos agentes de saúde”, explicou à Agência Efe o coronel Ricardo Carmona, porta-voz do exército.
A Prefeitura paulistana pediu ajuda ao exército para eliminar os focos de reprodução do Aedes aegypti, o mosquito transmissor da doença, diante do aumento de casos na região metropolitana, que passaram de 3.183 no primeiro trimestre de 2014 para 8.063 no mesmo período de 2015, segundo dados do Ministério de Saúde.
Com mapa na mão, militar e agente visitam as casas, checando se não há água parada, aniquilando as larvas e informando os moradores sobre as medidas que devem ser tomadas para evitar os focos do inseto.
O procedimento realizado pelo comando do sudeste do exército brasileiro inclui a distribuição de informação oficial sobre higiene.
A ação, que durará um mês, começou pelo bairro de Limão, na zona norte da cidade, uma das mais afetadas pela epidemia e onde, logo após começarem a ronda, encontraram um morador com dengue e outra residente que, sem saber, tinha um criadouro do mosquito no jardim.
“Qualquer recipiente que acumule água limpa e parada pode ser um criadouro de mosquitos”, explicou à Efe o coordenador do Programa de Controle da dengue da Prefeitura, Alessandro Giancola.
Por isso, concluiu, “é importante eliminar esse água pelo menos três vezes por semana”.
Os dados oficiais apontam que o número de mortes em consequência de dengue no Brasil aumentou 29% no primeiro trimestre deste ano, 132, em relação ao mesmo período do ano passado.
Apesar do aumento em relação a 2014, os números deste ano são mais otimistas que os registrados em 2013, quando foram confirmados 730.800 casos, 37% a mais que nos primeiros três meses de 2015. EFE
ag/cd
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