São Paulo expõe modelo de relações internacionais em Fórum latino-americano

Panamá, 2 abr (EFE).- O governo de São Paulo expôs no Fórum Econômico Mundial para a América Latina realizado no Panamá o modelo de relações internacionais que aplica desde 2011 que busca promover políticas e projetos que impactem diretamente os 42 milhões de habitantes do estado.

Se fosse um país, São Paulo seria “a 19ª maior economia do mundo, a segunda maior economia da América Latina depois do Brasil, tem 42 milhões de habitantes, por isso precisa ter uma política externa”, afirmou à Agência Efe o assessor especial para Assuntos Internacionais do governo de São Paulo, Rodrigo Tavares.

Tavares apresentou no fórum os principais objetivos da política externa de São Paulo: “promover políticas que impactem diretamente a população em áreas como educação, saúde, segurança, e que o governo estadual seja reconhecido como um ator internacional”.

“Muitos países se aproximaram de nós com perguntas, para saber como suas cidades e estados podem ser promovidos em nível internacional, e o governo de São Paulo está muito satisfeito de compartilhar sua experiência com o resto do mundo”, afirmou Tavares.

Os estados e as cidades da América Latina podem dar uma contribuição muito forte para que a região tenha um maior peso no cenário internacional, argumentou. E criticou a região latino-americana “perdeu oportunidades porque suas cidades e estados não têm conexões com o exterior”.

“Cerca de 65% da população latino-americana vive nas cidades, mas infelizmente muitas delas não são os jogadores internacionais que deveriam. Uma de nossas missões da cidade de São Paulo é contribuir para uma visão diferente da diplomacia mundial, que as cidades e estados podem ter um papel importante nesse cenário”, sustentou Tavares.

O 9º Fórum Econômico Mundial para a América Latina começou hoje e os cerca de 600 líderes empresariais, funcionários públicos e especialistas que participam até amanhã analisam os principais desafios e oportunidades da América Latina para chegar a um completo desenvolvimento econômico. EFE