São Paulo registra 157 casos de H1N1 nos três primeiros meses do ano
O número de casos registrados de H1N1 no Estado de São Paulo durante os três primeiros meses de 2016 já é superior ao que foi contabilizado em todo o País, durante todo o ano passado Até agora, foram identificados no Estado paulista 157 pacientes com a infecção pelo vírus. Durante os doze meses de 2015, foram contabilizados 141 casos em todos os Estados do País.
O número de mortes também surpreende. Até agora, foram identificados 30 óbitos no País – nos 12 meses de 2015, foram 30 “Há de fato um aumento de casos da infecção, sobretudo no Centro-Oeste paulista”, afirmou o diretor de Vigilância de Doenças Transmissíveis do Ministério da Saúde, Cláudio Maierovitch. “Por enquanto, no entanto, não é uma situação de alerta. Estamos acompanhando a situação em todos os Estados”, observou.
O número de casos em São Paulo é muito superior ao que foi identificado em outros Estados. Santa Catarina até o momento contabilizou 10 infecções, o mesmo número que a Bahia. Minas teve três registros, enquanto Rio de Janeiro e Pernambuco contabilizaram dois casos, cada um. Paraná, Mato Grosso e Mato Grosso do Sul, tiveram também o mesmo número de registros: 1 caso.
Depois de ser identificado e de provocar uma pandemia, em 2009, o H1N1 nunca mais saiu de cena. Ele continua presente em vários países do mundo. Justamente por isso, ele sempre é incluído na fórmula da vacina contra gripe, preparada com as cepas mais frequentes em determinadas regiões.
A vacina deste ano contra gripe deverá mais uma vez incluir o H1N1. O imunizante, no entanto, ainda não está disponível. “Justamente por ser feita com as cepas que mais circulam nos meses anteriores, a vacina é feita sempre numa corrida contra o relógio”, conta Maierovitch.
O imunizante que será usado no País levará em sua composição as cepas que mais circularam no Hemisfério Norte. “Não há perspectivas de o produto ficar pronto antes de abril”, disse.
Maierovitch afirma haver uma tendência de se tentar, todos os anos, antecipar a vacinação. “Mas não há como isso ser feito. É preciso se aguardar o preparo do imunizante.” Não há ainda uma explicação para São Paulo apresentar um aumento de casos, sobretudo nos primeiros meses do ano. Tradicionalmente, o aumento de casos começa nos meses do outono.
O diretor descartou a ligação entre o aumento de casos e a redução da cobertura vacinal. De acordo com ele, as vacinas contra gripe geram uma imunidade que varia entre seis meses e um ano. “Teoricamente, parte das pessoas que se vacinaram já podem estar agora suscetíveis.”
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