São Paulo tem menos nascimentos e encara desafio de dar espaço a idosos
A partir de 2027, o número de idosos será superior ao de crianças e adolescentes na capital paulista, segundo a Fundação Seade.
Além disso, o total de pessoas com idade acima de 60 anos deve dobrar em um prazo de 20 anos.
A justificativa para o fenômeno é a redução das taxas de natalidade que vem ocorrendo na capital.
A pesquisa acrescenta ainda que o número de idosos nos bairros mais centrais será maior do que nas periferias de São Paulo.
Atualmente, a cidade possui 11,5 milhões de habitantes e daqui a 15 anos a população será de 12,2 milhões de pessoas.
O presidente da Sociedade Brasileira de Geriatria e Gerontologia, João Bastos Freire Neto, diz que o grande desafio é inserir o idoso na vida cotidiana. “A gente precisa abrir espaços para esse idoso, que tem muito a contribuir ainda”, disse.
Segundo o levantamento, em 2010, havia seis idosos para cada 10 jovens na cidade, mas em 2030, esta proporção será de 12 idosos para 10 jovens.
Geriatra e professor do Hospital das Clínicas da USP, Paulo Camiz, diz a Anderson Costa por que a cidade não está pronta para o envelhecimento. As calçadas e o comportamento no trânsito seriam indicadores desse despreparo.
O geriatra Paulo Camiz lembra que um terço dos idosos depende de outra pessoa para sobreviver e, por isso, é preciso se preparar para o envelhecimento.
As projeções indicam que, em 2030, São Paulo terá saldo vegetativo negativo, isto é, quando ocorrem mais mortes do que nascimentos na cidade.
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