São Paulo teve o dia de abril mais chuvoso em 23 anos, diz CGE

  • Por Jovem Pan
  • 07/04/2017 13h11
SP - CHUVA/ALAGAMENTO - GERAL - Chuva provoca alagamento na Avenida do Estado, no Ipiranga, em São Paulo (SP), na madrugada desta sexta-feira (7). 07/04/2017 - Foto: NIVALDO LIMA/FUTURA PRESS/FUTURA PRESS/ESTADÃO CONTEÚDO NIVALDO LIMA/FUTURA PRESS/ESTADÃO CONTEÚDO Chuva provoca alagamento na Avenida do Estado

As águas de março já fecharam o verão há mais de duas semanas, mas São Paulo teve um dia de outono com chuvas do porte da estação chuvosa. O temporal que caiu da noite desta quinta (6) e madrugada desta sexta foi tão grande, que bateu recorde. Foi a maior chuva registrada para um dia de abril desde que o Centro de Gernciamento de Emergências (CGE) começou a registrar os dados, em 1995.

“Esse dia 6 de abril passa a ser o mais chuvoso (para o mês), na nossa série de dados que conta desde 1995, há 23 anos, com 53,4 mm”, explica Adilson Nazário, técnico do CGE. “Antes a posição (de dia mais chuvoso de abril) era ocupada pelo dia 30 de abril de 2012, quando choveu 45,6 mm”.

Somando o recordista número de 53,4 mm de água desta quinta com a chuva que permaneceu forte na madrugada desta sexta, das 0h a 7h, São Paulo recebeu impressionantes 66 mm de água em menos de 24 horas. A nível de comparação, o mês de abril inteiro costuma registrar em média 63,7 mm de chuva.

“Já choveu tudo o que era esperado para o mês e é uma coisa que chama muito a atenção”, diz Nazario. O temporal gerou mais de 20 pontos de alagamento, fez rios transbordarem, abriu crateras em Santo André, prejudicou o trânsitofez cair árvores e semáforos apagarem.

Deslizamentos

O técnico do CGE alerta que a chuva permanece em São Paulo nesta sexta e, mesmo mais fraca, deve gerar atenção. “Chuva leve com alguns pontos moderados que deve formar alagamento também”, explica. “O solo já está muito encharcado, a água não consegue infiltrar e fica na superfície, então forma lâminas d’água”.

Além disso, devem redobrar os cuidados os paulistanos que estão nas quase 500 áreas de risco da capital paulistana. “Pessoas que moram em encostas, que observem no seu entorno algum sinal de movimentação de terra. Não precisa ser técnico especialista”, diz.

As pessoas neste caso devem ficar atentas a sinais como “poste inclinado, portas emperradas, rachaduras no chão, na parede, água barrenta no fundo do quintal”.

Se constatado algo assim, “deve ligar para a defesa civil (telefone 199), solicitar a presença de um agente vistor”.

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