São Paulo voltará a “bombardear” nuvens para gerar chuvas no Alto Tietê
São Paulo, 23 jul (EFE).- Após cinco meses de tentativas no sistema Cantareira, a Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp) anunciou nesta quarta-feira a assinatura de um novo contrato para “bombardear” nuvens e provocar chuvas artificiais em torno das cinco represas do chamado sistema Alto Tietê.
Com este novo contrato com a empresa Modclima, no valor de R$ 3,68 milhões, a concessionária pretende induzir chuvas artificiais para reverter a preocupante situação das represas hidrelétricas, cujo rendimento se encontra abaixo de 20% devido à falta de chuva.
Através desta curiosa técnica, conhecida como “bombardeio” ou “colheita” e que consiste na disseminação de gotas de água na base das nuvens, a Sabesp pretende elevar os níveis de água do sistema Alto Tietê, que terá seu volume morto utilizado a partir de agosto, assim como ocorreu na Cantareira.
A gestora de águas explicou que “há uma vigilância constante e diária, com acompanhamento por radares e satélites, para identificar as potenciais nuvens com capacidade de provocar chuvas em torno das represas”.
Esta estratégia já foi aplicada em fevereiro passado no sistema Cantareira, que abastece mais de 14,3 milhões de pessoas e cujo nível de água, abaixo de 20 % de sua capacidade, se encontra no nível mais baixo desde 1974.
Segundo a Sabesp, o bombardeio permitiu uma queda de aproximadamente 11,5 bilhões de litros de água nas represas, equivalentes a 1,2% da capacidade total da reserva, o que não supôs um impacto decisivo, mas que serviu para atenuar a drástica queda de seu volume. EFE
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