#SãoPaulo461: Presidente de associação, vereador e moradores reclamam de “deterioração” da Av. Paulista
Sem fiscalização e investimento, a Avenida Paulista é alvo de degradação às vésperas do aniversário de 461 anos de São Paulo.
Nas calçadas do cartão postal da cidade, barracas de moradores de rua se misturam aos camelôs, atrapalhando pedestres e pessoas com deficiência.
As obras da ciclovia na faixa central da avenida estão cobertas por tapumes e comprometem a visibilidade de transeuntes e o fluxo dos carros.
O presidente da Associação Paulista Viva, Antonio Carlos Facchini, lamenta a falta de empenho das autoridades com um dos principais centros financeiros:
“Os últimos anos talvez tenham sido o período de maior decadência de nossa Avenida Paulista”, opina Facchini. “Não tem ação fiscalizadora que normatize o uso das calçadas, que normatize o que são artistas de rua”, explica.
Um milhão e meio de pessoas passam diariamente pela mais paulista das avenidas, que tem cerca de três quilômetros.
O vereador Andrea Matarazzo, do PSDB, teme pela desvalorização da avenida revitalizada há sete anos.
“Tanto na passagem que vai para a Rebouças e a Av. Dr. Arnaldo, onde tem ocorrido assaltos, quanto uma parte da população de rua que tem ocupado a avenida construindo cabanas”, detecta Matarazzo. “O que se pode levar é que a Avenida Paulista torne-se novamente uma avenida suja e abandonada, como ela já esteve em outras épocas (…) É uma pena que o poder público esteja abandonando novamente aquilo que é um símbolo da cidade”.
A re cuperação do piso da avenida não segue um padrão e as grades de proteção nas esquinas caíram ou estão retorcidas há meses, sem substituição.
Em entrevista à repórter Renata Perobelli, quem trabalha ou mora na Paulista reclama da migração de parte da Cracolândia do Centro para a região. (Ouça detalhes das reclamações dos moradores no áudio acima)
Com a volta às aulas, o trânsito que já está difícil deve piorar ainda mais com a construção da ciclovia na faixa central.
Alguns artistas de rua colaboram para a depreciação da Paulista com volume alto dos mais variados tipos de canções e acordes musicais.
Ouça também o comentário de Marco Antonio Villa sobre o assunto no final do áudio acima
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