Sarkozy encerra campanha com promessa de tirar França da mediocridade
Paris, 27 nov (EFE).- O ex-presidente da França Nicolas Sarkozy encerrou nesta quinta-feira sua campanha à presidência do União por um Movimento Popular (UMP), partido conservador, com a promessa de liderar o partido de “todos os franceses” e tirar o país da mediocridade.
“Os franceses estão fartos de verem atacadas, uma a uma, as razões que têm para serem orgulhosos de ser franceses”, afirmou em um comício realizado em Nîmes, no sul da França, a dois dias da eleição do novo líder do partido.
Sarkozy, que enfrenta os ex-ministros Bruno Le Maire e Hervé Mariton, indicou que decidiu se apresentar porque sua consciência não lhe tivesse deixado “tranquilo” se se tivesse ficado à margem perante “o naufrágio moral e político que ameaça” à República.
“Optar por me proteger em vez de me expor à crueldade do debate político teria sido o contrário da minha concepção do compromisso”, apontou o ex-presidente, de 59 anos, para quem “um responsável político digno desse nome não pode ter medo da controvérsia”.
A população francesa, acredita Sarkozy, está “cansada da mediocridade, dos impostos, da burocracia, da insegurança, da concorrência desleal ou da mentira, e procura sinceridade, autoridade e energia”.
Para ele uma França tão desmoralizada que não pode aspirar a defender sua própria liberdade ou a ter um papel de peso na cena internacional.
“A desvalorização da palavra da França é talvez o que mais deve nos preocupar”, continuou o ex-chefe de Estado (2007-2012), que criticou o enfoque europeu dado a crise entre Rússia e Ucrânia e considerou que ver a União Europeia (UE) em conflito com a Rússia “é uma loucura”.
Sarkozy agradeceu pessoalmente o trabalho dos membros de sua equipe e adiantou que no sábado demonstrarão o que representa “a mobilização daqueles que querem construir o partido da esperança a serviço da França”. EFE
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