Satélite tailandês vê 300 objetos em área de busca de avião no Oceano Índico
Kuala Lumpur, 27 mar (EFE).- Um satélite da Tailândia avistou cerca de 300 objetos no oceano Índico, a cerca de 200 quilômetros de onde a equipe internacional de busca trabalhava em busca dos destroços do avião da Malaysa Airlines nesta quinta-feira, antes das operações serem suspensas por causa do mau tempo.
O diretor-executivo da Agência de Desenvolvimento de Geoinformática e Tecnologia Espacial, Anond Snidvongs, explicou que as fotos foram obtidas pelo satélite Thaichote na segunda-feira e entregues ao governo para serem enviadas à Malásia, país que coordena a busca.
É a segunda observação deste tipo. No último dia 23 um satélite francês identificou 122 objetos flutuantes a 2.500 quilômetros ao sudoeste da cidade de Perth, na Austrália.
A operação de busca previa chegar hoje a estes 122 objetos, que tem até 23 metros de comprimento, mas foi cancelada, como na terça, por causa de um temporal.
“As embarcações permanecerão na área de busca e tentarão continuar as operações, mas todos os aviões retornaram”, anunciou a Autoridade Australiana de Segurança Marítima (AMSA).
“O mau tempo durará cerca 24 horas”, acrescentou o órgão australiano.
Hoje, o 20º dia do desaparecimento, as buscas se dividiram em duas regiões, uma oriental e outra ocidental, que abrangem uma área de 78 mil quilômetros quadrados envolvendo cinco navios e 11 aviões, entre eles um de vigilância americano P-8 e três Orion.
O primeiro voo foi de um avião Ilyushin IL-76 chinês, e o último, à tarde (local), de um japonês P3 Orion.
Embora as aeronaves tenham precisado retornar para a terra, a embarcação australiana HMAS Success e as chinesas Xue Long, Kunlunshan, Haikou e Qiandaohu permaneceram no perímetro. Outro navio chinês, o Hai Xun, deve chegar ao local esta noite.
O ministro da Defesa e interino de Transportes da Malásia, Hishamudin Hussein, anunciou em comunicado a partida de mais uma equipe de especialistas a Perth para se incorporar à operação internacional.
As operações de busca no sul do Índico são lideradas pela Austrália.
O filho mais novo do capitão malaio Zaharie Ahmad Shah, de 53 anos, piloto do voo MH370, saiu hoje em defesa do pai contra as alegações de um suposto envolvimento no desaparecimento do avião.
“Li tudo na internet. Mas ignorei todas as especulações. Conheço meu pai. Não estávamos muito próximos, já que ele viaja muito, mas o conheço”, afirmou Ahmad Seth, de 26 anos, em entrevista ao jornal malaio “New Straits Times”.
“Só acreditarei (nas acusações contra o pai) quando ver as provas diante de meus olhos”, disse o jovem em sua casa em Subang Jaya, a cerca de 20 quilômetros de Kuala Lumpur.
Apesar do anúncio de que o avião com 239 ocupantes caiu no oceano, o filho do piloto, que tem dois irmãos, afirmou que manterá a esperança até as autoridades encontrarem os destroços ou cadáveres que provem o acidente.
O avião da Malaysia Airlines saiu de Kuala Lumpur com 239 pessoas a bordo rumo a Pequim na madrugada de 8 de março e desapareceu dos radares civis da Malásia cerca de 40 minutos após a decolagem.
A investigação acredita que o avião foi desviado deliberadamente de seu trajeto original, e cogita a possibilidade de sequestro, sabotagem ou alguma situação que incapacitasse a tripulação e deixasse o Boeing sem combustível em um lugar inóspito do Índico. EFE
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