“Se chover a média, até meio do ano que vem a situação volta à normalidade”, diz secretário sobre o Cantareira
Uma imagem que assustou nesta terça-feira foi um grande trecho das represas Jaguari e Jacareí, que representam 82% da capacidade do Sistema Cantareira, simplesmente virou um córrego. Isso após quase que três meses após o início do bombeamento do volume morto.
A metade desse volume utilizado termina amanhã e de acordo com o secretário estadual de recursos hídricos, Mauro Arce, a parte seca do ano termina agora em agosto e a esperança é de que a chuva volte a aparecer em São Paulo.
“Em setembro, em condições normais, já existe uma quantidade maior de chuva. (…) Mas, pelo menos, ao mesmo tempo que a gente levou até aqui, mais três meses, seguramente nós estaríamos indo pro final de novembro. Evidentemente nós precisamos continuar contando com o apoio da população, reduzindo o seu consumo”, disse o secretário, que afirmou que é possível utilizar uma outra reserva de 100 milhões de m³, caso a situação não melhore até o fim de novembro.
Mauro Arce disse ainda que mais de 30% da população já deixou de ser atendida pelo Sistema Cantareira, que se encontra em uma situação delicada. “Nós tirávamos em torno de 10 milhões, hoje estamos com seis milhões de consumidores. Esses estão sendo atendidos pelos outros mananciais”, contou.
Segundo o secretário, para o Sistema Cantareira voltar a ter um volume aceitável é preciso que chova somente o esperado para os meses seguintes. “Caindo a média e se continuarmos reduzindo, como estamos hoje, retirando a mesma quantidade, ou seja, muito menos do que tirávamos antes, nós teríamos até o meio do ano uma boa recuperação e começaria vida nova. O reservatório, praticamente, poderia se recuperar totalmente”, explicou Arce.
Confira no áudio acima a entrevista completa do secretário estadual de recursos hídricos, Mauro Arce.
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