Se a CPMF voltar, ela afetará (e muito) o seu dia a dia; entenda como

  • Por Jovem Pan
  • 28/08/2015 17h08
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Pen and bank statement Folhapress conta dinheiro ponta do lápis

Você lembra-se da CPMF? A Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira, implantada entre 1997 e 2007, voltou a ser assunto das manchetes nessa semana. O governo estuda recriar a cobrança, que ficou conhecida como “imposto do cheque”, para cobrir os gastos previstos para 2016.

Mais um imposto, mais uma irritação. Certo? É um pouquinho pior que isso: a CPMF pode atrapalhar a sua vida, e muito. O imposto é cobrado em absolutamente todas as transações bancárias. Segundo a comentarista da Jovem Pan Denise Campos de Toledo este é um imposto ”igual para todos, e que incide em tudo”. “Independente da renda, as pessoas serão cobradas sobre todas as transações. Até mesmo no pagamento de dívida de cartão de crédito”, afirma.

Imagine, agora, a sua rotina bancária. Pagamentos via transfêrencia, poupança como conta corrente, aplicações financeiras. Tudo terá CPMF.

Para o setor industrial, a situação é ainda pior. Denise destaca que a cobrança acontece em todas as etapas. “Para a indústria, o imposto virá sobre a matéria-prima, o transporte, os salários e todos os processos. E para a pessoa física, embora não fique tão claro, é um custo sobre toda a renda. Do pagamento do aluguel à mensalidade escolar”, diz.

Vendo com olhos do governo, porém, é uma garantia de receita. “Serve para tapar o orçamento do governo, já que renderia algo em torno de R$70 bilhões, e é um imposto difícil de sonegar”, relata.

A preocupação, no entanto, é com o momento econômico do país. “O governo propõe o retorno da CPMF em um momento de recessão. O aumento do custo das empresas pode refletir em inflação”, aponta Denise.

Apesar dos rumores, a medida ainda depende de aprovação do Congresso para ser recriada e, na avaliação da comentarista, “a probabilidade é muito pequena”.

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