Seca já afetou 75% do território cubano no último ano, segundo o governo
Havana, 7 set (EFE).- Pelo menos 75% do território cubano foi afetado pela falta de chuvas entre setembro de 2014 e agosto de 2015, uma seca considerada entre severa e extrema em um quarto dessas áreas, segundo dados divulgados nesta segunda-feira pelo Centro do Clima (Cenclim) da ilha.
Em 26% dos terrenos afetados pela seca a situação foi qualificada como moderada e em outro 25% como fraca, segundo um boletim do Cenclim publicado pela imprensa oficial.
Os especialistas deste centro, pertencente ao Instituto de Meteorologia de Cuba, advertiram que a situação de seca se prolongará nos próximos meses devido à “significativa escassez” de chuvas na ilha no atual período ciclônico, quando costuma se concentrar a maior parte das precipitações no ano.
Geralmente, o mês de setembro é um dos meses mais chuvosos em Cuba, uma vez que a influência do anticiclone do Atlântico diminui consideravelmente em relação a julho e agosto, o que propicia o aumento das precipitações.
Setembro é também, junto com outubro, o mês de maior frequência de formação de ciclones tropicais na região, eventos meteorológicos que costumam vir acompanhados de fortes chuvas.
A prolongada seca em Cuba, a mais grave dos últimos 115 anos, está ocasionando prejuízos na agricultura e problemas de abastecimento de água em vários pontos da ilha.
Na capital cubana, o Grupo de Enfrentamento à Seca da província de Havana iniciou hoje a provisão de água a mais de 82.000 pessoas através de 137 caminhões-pipa estatais. EFE
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