Secretário da Casa Civil de SP diz que Jilmar Tatto foi passivo e chama ataques de “desnecessários”
O secretário da Casa Civil de São Paulo, Edson Aparecido, classificou como “absolutamente desnecessários” os ataques do secretário dos transportes da cidade, Jilmar Tatto, à Polícia Militar, no qual ele a chamou de “passiva” por permitir os abandonos de ônibus no meio das ruas. Aparecido ainda criticou a não manifestação de Tatto sobre os ônibus que foram queimados nos últimos tempos.
“Acho que o governador e o prefeito têm falado frequentemente pra tentar superar essas críticas. Acho que o secretário Jilmar Tatto, infelizmente, saiu um pouco desse tom. Hoje, por conta das dificuldades sofridas pela população da cidade, é necessário que os esforços do Governo do Estado e da Prefeitura se somem buscando a solução do problema e não partir para esse tipo de ataque, absolutamente desnecessário”, disse o secretário.
“A polícia está investigando os mais de 100 ônibus que foram queimados nos últimos cinco meses na cidade de São Paulo, que atrapalharam terrivelmente a população da cidade, sobretudo na zona sul, onde não houve, por exemplo, nenhuma indignação e manifestação por parte do secretário Jilmar Tatto. Algo tão grave como o que está acontecendo hoje com a cidade”, completou.
Aparecido afirmou ainda que estão sendo antecipadas as ações da polícia da cidade já com foco na Copa do Mundo, com um apoio coligado da Prefeitura e do Governo do Estado. Mas ressaltou que existem limitações para o trabalho da PM.
“Evidentemente, existem limitações. Não tem como (…). O motorista abandona o ônibus no meio de uma avenida, e entrar um policial militar, que às vezes nem sequer é habilitado para dirigir um ônibus, e tirar o ônibus de dentro da avenida. Isso ele não pode fazer”, explicou.
Apesar disso, o chefe da Casa Civil de São Paulo garantiu que já estão sendo feitas as investigações para descobrir quem são os líderes responsáveis por essas ações dos motoristas de ônibus.
“O doutor Grella já abriu o inquérito, inclusive, de investigação, para que a gente possa identificar todos esses líderes, chamando a esses líderes as responsabilidades. (…) Não é a primeira vez que isso acontece, nós já tivemos em outras manifestações em São Paulo, onde os dirigentes sindicais tomaram posições e facções dos sindicatos ou de movimentos acabaram tomando posições isoladas que prejudicaram terrivelmente a cidade. Acho que o que está ao alcance da polícia de São Paulo, o que está ao alcance da secretaria de segurança e dessa ação conjunta que nós temos feito com o Governo do Estado e Prefeitura, acho que tem sido feito para melhorar esse terrível problema para a população aqui da cidade”, contou Aparecido.
Confira no áudio acima a entrevista completa do secretário da Casa Civil de São Paulo no Jornal Jovem Pan.
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