Secretário da Educação diz que ataque de professores a prédio público é “inadmissível”

  • Por Jovem Pan
  • 24/04/2015 10h45

Herman Voorwald Letícia Moreira/Folhapress Herman Voorwald

O secretário da Educação de São Paulo, Herman Voorwald, classificou como inadmissível a tentativa de invasão da sede as secretaria da Educação no centro de São Paulo. Nesta quinta-feira (24), professores em greve depredaram o edifício Caetano Campos, tombado como patrimônio histórico da capital paulista. “O que se viu foi uma agressão que eu não consegui entender. É absolutamente inadmissível”, criticou.

Em entrevista exclusiva ao Jornal da Manhã da Jovem Pan desta sexta-feira (24), Voorwald afirmou que um boletim de ocorrência já foi feito e que os envolvidos serão investigados. “Eu não posso aceitar que um patrimônio público seja agredido da forma que foi”, e acrescentou, “uma entidade que pede diálogo e que tem as portas abertas no momento em que deseja conversar agiu de forma extremamente negativa e que depõe contra o que se prega na educação”.

O secretário participou de reunião ontem com os grevistas, que voltaram a recusar as propostas oferecidas pelo estado. “Tenho dito a eles [sindicatos] que levaria ao governador a proposta de que no segundo mandato dele a mesma ação [realizada em 2011] ocorresse: uma política salarial de quatro anos aprovada por lei pela Assembleia Legislativa”, explicou. No entanto, o secretário não vê a paralisação como tendo objetivos exclusivamente econômicos. “É uma greve no meu entendimento muito mais política”, pontuou.

Voorwald recusou o pedido do Sindicato dos Professores do Ensino Oficial do Estado de São Paulo, APEOESP, de ajuste salarial de 75% e destacou que 2015 enfrenta estagnação econômica. “O que nós estamos construindo junto com a área econômica do governo é, à luz da arrecadação de 2015, o que é viável em termos de política salarial” e acrescentou que é necessário esperar a verificação das tendências do mercado para estabelecer uma solução “que seja digna aos olhos dos professores, mas que não comprometa a educação”.

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