Secretário da Otan participa de Conselho de Segurança e Defesa da Ucrânia
Kiev, 22 set (EFE).- O secretário-geral da Otan, Jens Stoltenberg, participa nesta terça-feir em Kiev da reunião do Conselho de Segurança Nacional e Defesa (CSND) da Ucrânia junto com o presidente do país, Petro Poroshenko, que qualificou o acontecimento de “histórico”.
“Devemos lembrar que nossa reunião acontece no meio da agressão armada da Rússia contra a Ucrânia. Neste contexto, a cooperação entre a Ucrânia e a Otan não é algo secundário nem para a Ucrânia, nem para a Otan e para a segurança global”, disse Poroshenko na abertura da sessão.
Durante a parte fechada da reunião, acrescentou Poroshenko, serão mostrados ao secretário-geral da Aliança “provas irrefutáveis da participação das tropas regulares russas” no conflito armado entre Kiev e os separatistas pró-Rússia no leste do país.
Stoltenberg, que chegou ontem à Ucrânia para uma visita de dois dias, mostrou o apoio da Otan “à integridade territorial” do país e ao cumprimento dos Acordos de Minsk para o acerto do conflito no leste.
“É extraordinariamente importante que a Ucrânia cumpra todos os aspectos dos Acordos de Minsk”, incluídas as decisões políticas sobre o status especial das regiões rebeldes orientais de Donetsk e Lugansk, ressaltou o secretário-geral.
Já o primeiro-ministro ucraniano, Arseni Yatseniuk, reiterou que Kiev precisa de armamento defensivo para enfrentar o conflito.
“Nunca pedimos armas ofensivas, mas temos que defender nosso Estado contra uma potência nuclear que gastou bilhões de dólares para modernizar seu exército para ameaçar todo o mundo civilizado”, disse Yatseniuk.
Poroshenko acrescentou que “a Ucrânia é a fortificação oriental da civilização euroatlântica que combate pela liberdade e pela democracia em toda a região e no mundo todo”.
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Tanto a Ucrânia como a maioria dos países ocidentais, com os Estados Unidos à cabeça, acusam a Rússia de apoiar as milícias separatistas sublevadas no leste da Ucrânia com armas e tropas.
Durante a entrevista coletiva ontem em Lviv, Stoltenberg acusou a Rússia de “violar a integridade territorial e a soberania da Ucrânia e minar a ordem mundial” na qual foi cimentada a segurança nas ultimas décadas com suas ações na Crimeia e no leste da Ucrânia.
“Isto é um desafio para todos aqueles que defendem o desenvolvimento estável da Europa. Por isso, nós apoiamos ativa e categoricamente a Ucrânia e insistimos na necessidade de respeitar e cumprir os acordos de Minsk”, apontou. EFE
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