Secretário de Defesa dos EUA condena testes com mísseis da Coreia do Norte

  • Por Agencia EFE
  • 10/04/2015 05h30

Seul, 10 abr (EFE).- O secretário de Defesa dos Estados Unidos, Ashton Carter, condenou nesta sexta-feira em Seul os recentes testes de mísseis feitos pela Coreia do Norte e se comprometeu a reforçar o papel de Washington na região para fazer frente ao que considera como “ameaças” do regime de Kim Jong-un.

“As ameaças da Coreia do Norte põem em perigo a segurança da península coreana e a região”, afirmou Carter em entrevista coletiva sobre os recentes lançamentos de mísseis de curto alcance ao mar efetuados por Pyongyang, o último deles na última terça-feira.

O secretário também garantiu que os EUA “aprofundarão e diversificarão” seu papel como “elemento de reequilíbrio” na região da Ásia-Pacífico.

Carter se reuniu hoje com o ministro da Defesa Nacional da Coreia do Sul, Han Min-koo, um encontro no qual abordou meios para reforçar as capacidades militares conjuntas e dissuadir a Coreia do Norte, um país que parece estar conseguindo avanços na fabricação de mísseis de alcance intercontinental e dispositivos nucleares.

O chefe do Pentágono disse que Pyongyang “tem intenção de seguir com suas provocações”. Por isso, os EUA reforçarão sua “defesa combinada” junto com a Coreia do Sul para garantir a “estabilidade”.

No entanto, negou que tenha conversado com Min-koo sobre a possível instalação do sistema de interceptação de mísseis americano THAAD no país, um assunto que gerou polêmica na última semana.

“Ainda não chegamos no ponto de determinar onde poderíamos instalá-lo adequadamente no futuro”, afirmou sobre o “escudo” antimísseis avaliado em bilhões de dólares.

A China expressou uma forte oposição à possibilidade de uso do THAAD na Coreia do Sul, porque os potentes radares do sistema poderiam rastrear os movimentos do exército chinês no leste do país.

Por outro lado, Carter afirmou que os EUA não irão interferir nas disputas históricas e territoriais entre a Coreia e o Japão, expressando um “desejo de reconciliação” entre ambos os países em um momento marcado por contínuos atritos diplomáticos. EFE

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