Secretário de Transportes do Rio manifesta apoio a protesto de taxistas
O secretário de Transportes do Rio de Janeiro, Carlos Roberto Osório, declarou nesta sexta-feira (24) apoio aos protestos feitos por taxistas em diversas localidades da cidade contra o aplicativo Uber que conecta motoristas autônomos e usuários. Osório disse que o serviço de transporte de passageiros por veículos não licenciados é ilegal. Aqueles envolvidos nesse tipo de transporte deverão ser multados.
Ele cumprimentou a categoria por ter organizado uma manifestação totalmente regular, de acordo com normas municipais, e minimizou o impacto no trânsito. “A posição do estado é muito clara: transporte individual de passageiros por cobrança. Pela nossa legislação, só pode ser feito por veículos licenciados nos nossos municípios. O governo do estado está à disposição de todos os municípios para fazer valer a lei”, afirmou o secretário.
Carlos Osório observou que o Departamento de Transportes Rodoviários do Rio de Janeiro fará a fiscalização de tais veículos. “Neste mês de julho, já apreendemos 34 carros particulares fazendo serviço irregular de passageiros. Na democracia, existem duas coisas: ou se cumpre a lei ou se altera [a lei]. Hoje a lei está valendo.”
O motorista Ismael Almeida, que exerce a profissão há cinco anos, morador de Belo Horizonte, disse que está presente no protesto pelo orgulho de ser taxista. “Percorri mais de 500 quilômetros pelo orgulho de ser taxista. A nossa luta lá é a mesma que esta aqui. Nós somos legalizados, portanto, não somos bandidos. Se eles não são legalizados, estão contra a lei e devem ser punidos por isso”, afirmou Ismael. Ele estimou em cerca de 35% do faturamento mensal o prejuízo dos taxistas por causa do aplicativo. Segundo Ismael, até conflitos entre os próprios taxistas têm ocorrido devido à escassez de corridas.
O empresário Edson Dias, usuário de táxis há 32 anos, concorda com a posição do secretário de Transportes do Rio, mas destaca que a ideia do aplicativo Uber pode ser útil. “Outras alternativas são interessantes, sim. Afinal, se você for ver, no horário de pico, não se consegue pegar um táxi aqui no Rio”, afirmou.
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