Secretário dos transportes diz que greve é “crueldade” com população e atitude do Choque foi ordem de Alckmin
O secretário estadual dos transportes metropolitanos, Jurandir Fernandes, afirmou, em entrevista exclusiva à rádio Jovem Pan, que não havia “a mínima necessidade dessa greve hoje”. Segundo ele, está sob juízo e o dissídio foi aberto ontem. Hoje, cada uma das partes está fazendo a apresentação de suas defesas e seus propósitos, às 18h fecha e depois a juíza vai definir a data do julgamento.
“O melhor dos mundos, para a população, inclusive, que está sofrendo, ainda mais em um dia desses com chuva e tudo mais, era que nós todos aguardássemos sem greve. Pra que a greve se está sob juízo? Então, é uma situação, realmente, inusitada, incompreensível, intempestiva. Nós nunca, jamais esperávamos, que eles ainda permaneceriam em greve dentro de um julgamento”, disse o secretário.
Mas Fernandes garantiu todo o empenho e esforço para que a população tenha esse sofrimento minimizado, com o aumento da oferta dos trens, e classificou a atitude dos grevistas uma “crueldade inacreditável” com os usuários do serviço.
Sobre o confronto entre a Tropa de Choque e os grevistas na estação Ana Rosa na manhã desta sexta-feira, o secretário afirmou que não houve uma perda de controle da situação e que o governador foi taxativo: no caso de uma obstrução física, a ordem para a polícia era de desobstruir com outra força física.
“O governador definiu claramente. Nós começamos a conversar por volta das 4h da manhã, eu conversei com o meu colega, secretário de segurança, dr. Grella, (…) já havia indícios dessa irracionalidade, desse comportamento, ontem à noite eles tentaram parar algumas estações, tirar as pessoas de dentro, então nós já tínhamos indícios de que isso poderia acontecer. (…) É do direito sindical, é do direito trabalhista, você fazer o convencimento através dos piquetes. Não tem problema. (…) Agora, no momento que você tem uma obstrução física, o governador Geraldo Alckmin foi taxativo: é para desobstruir. (…) Graças a Deus, felizmente, não foi necessário nenhum ato mais de força, foi praticamente aquele empurrão (…), mas teve de ser feito porque a população não pode mais ficar sob os caprichos de quem quer levar essa história na véspera da Copa”, contou.
Fernandes disse ainda que, caso os metroviários continuem em greve, eles mesmos (funcionários da Secretaria de Transportes) continuarão operando o metrô. “Nós vamos continuar operando o metrô no sábado e domingo, como estamos fazendo. Se nós passamos uma dificuldade grande, que é quinta e sexta, sábado e domingo nós vamos operar muito melhor”, afirmou o secretário.
Confira no áudio acima a entrevista completa de Jurandir Fernandes ao Jornal Jovem Pan nesta sexta-feira.
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