Segurança de fronteira exterior de Schengen deve ser tarefa comum, diz Merkel
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Berlim, 22 set (EFE).- A chanceler da Alemanha, Angela Merkel, proporá amanhã no Conselho Europeu uma reforma da zona de Schengen, para que no futuro a segurança da fronteira exterior do bloco seja uma tarefa comum e não só do país correspondente.
Fontes governamentais explicaram nesta terça-feira em Berlim que este é um dos pontos chave que a chefe do governo alemão levará a reunião extraordinária de Bruxelas sobre a crise dos refugiados, e explicaram que o tema das cotas está nas mãos dos ministros de Interior que acontece hoje.
“Sem melhorar a segurança exterior, a zona Schengen está em perigo”, argumentaram, ao indicar que atualmente as fronteiras não são seguras.
Se até agora a vigilância e a proteção da fronteira exterior do espaço Schengen é competência do país correspondente, a Alemanha considera que no atual cenário esta fórmula não está sendo funcional, e que é preciso cooperar, coordenar e buscar mais integração a respeito.
Neste sentido, Berlim aposta em “reforçar a Agência de Controle de Fronteiras Exteriores (Frontex) da União Europeia (UE) tanto material como financeiramente”.
Outro dos elementos na agenda de Merkel é o “apoio político e econômico aos países vizinhos” à Síria, que recebem a massa dos refugiados políticos devido à guerra civil que há mais de quatro anos sangra o país árabe.
Neste contexto terá um papel crucial a cooperação com a Turquia, país que acolhe o maior número de refugiados sírios, com quem Berlim deseja um “diálogo claramente reforçado”.
Estas conversas devem abordar, de acordo com a chancelaria alemã, desde o apoio pelo esforço que Ancara realiza, ao reforço da fronteira entre Turquia e Grécia, passando pela busca de fórmulas pactuadas para estabilizar a situação na Síria.
Tanto a UE como a Turquia querem o fim da violência na Síria, mas têm diferentes pontos de vista sobre como deve ser a solução para esta guerra civil, segundo as fontes.
O governo alemão apontou neste sentido que os responsáveis de Interior abordarão a possibilidade de os Estados-membros que “temporariamente não estiverem em disposição” de receber refugiados custeiem a manutenção dos peticionários de asilo em outros países.
As autoridades alemãs querem que o Conselho Europeu envie um “sinal claro” de unidade e de compromisso para buscar uma solução duradoura e comum, e reiteraram sua intenção de definirem acordem medidas por “consenso”, sem recorrer à possibilidade de acordos por “maioria qualificada”. EFE
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