Segurança no Alemão, no Rio, é reforçada após tiroteios deixarem 3 mortos
Rio de Janeiro, 23 jun (EFE).- A Polícia Militar do Estado do Rio de Janeiro informou que reforçou nesta segunda-feira a presença no Complexo do Alemão após dois tiroteios que desde a noite de ontem já deixaram três mortos, entre eles um soldado, informaram fontes oficiais.
O agente da PM Fabio Gomes da Silva, de 30 anos, morreu hoje no hospital onde foi internado ontem à noite após ser gravemente ferido na cabeça em um tiroteio no Complexo do Alemão.
Fabio era agente da Unidade de Polícia Pacificadora (UPP) instalada neste conjunto de favelas da zona norte do Rio de Janeiro em 2010, quando os bairros foram ocupados pelas autoridades em uma operação apoiada pelo exército e destinada a expulsar os narcotraficantes que as controlavam.
De acordo com a polícia, o soldado integrava um grupo que patrulhava as ruas da Fazendinha, uma das favelas do Alemão, que foi atacado por desconhecidos.
O policial chegou ainda vivo ao Hospital Getúlio Vargas, próximo ao conjunto de favelas, mas não resistiu aos ferimentos e morreu.
Outras duas pessoas identificadas como Gabriel Ferreira Carvalho e Lucas da Silva Lourenço morreram em uma troca de tiros entre policiais e pistoleiros na madrugada deste domingo em Areal, outra comunidade do Complexo.
A polícia informou que as vítimas integravam uma facção de narcotraficantes que resiste a abandonar as favelas e que com seus corpos foram encontrados um revólver e um carregador de pistola.
No Hospital Getúlio Vargas também foram internados nesta madrugada um policial e um adolescente de 17 anos que ficaram feridos nos tiroteios, mas cujo estado de saúde não é grave.
Após os incidentes, integrantes do Batalhão de Operações Especiais da Polícia Militar (Bope) ocuparam as favelas para buscar aos autores dos ataques e garantir a segurança na região.
O Complexo do Alemão já havia recebido reforços policiais neste ano dentro da operação para garantir a segurança durante a Copa do Mundo, que começou há dez dias e vai até 13 de julho. EFE
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