Seis pessoas são detidas em Xangai devido a escândalo da carne podre
Pequim, 4 ago (EFE).- Seis executivos da companhia de alimentação Husi foram detidos nas últimas horas em Xangai (leste da China) em relação ao escândalo da venda de carne podre que em julho afetou grandes redes de fast-food no país asiático, informou a agência oficial “Xinhua”.
A detenção foi confirmada a uma emissora de rádio local pelo vice-prefeito e chefe de segurança pública de Xangai, Bai Shaokang, que não divulgou os nomes e os cargos dos detidos, mas prometeu “duras penas” e “tolerância zero” em delitos relacionados com a segurança alimentar.
“É preciso um severo castigo para evitar que estes crimes aumentem”, assinalou Bai.
O escândalo estourou no dia 20 de julho, quando a televisão chinesa “Dragon TV” revelou que a Husi tinha reprocessado carne estragada para vendê-la a restaurantes de redes populares como KFC, McDonalds, Pizza Hut e Starbucks.
Por consequência do escândalo, algumas das redes afetadas interromperam seus contratos com a Husi, o que desabasteceu de carne muitos de seus restaurantes.
Em Pequim, por exemplo, muitos restaurantes McDonalds deixaram de oferecer seus populares hambúrgueres de carne, e só vendem os de peixe.
No caso do McDonalds, o problema também afetou vários de seus restaurantes no Japão, onde parte dos populares McNuggets vendidos continha carne procedente da fábrica da Husi em Xangai.
A insegurança alimentar é um problema frequente na China, onde irregularidades deste tipo se acumulam enquanto cresce a preocupação da sociedade, cansada de não encontrar alimentos seguros desde os mais básicos como o leite até agora os de restaurantes estrangeiros. EFE
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