Sem acordo, Humala espera que temas pendentes da COP20 sejam resolvidos em dia adicional
O presidente do Peru, Ollanta Humala, declarou neste sábado (13) que a cúpula sobre mudança climática que acontece em Lima (COP20) teve que ser ampliada por mais um dia porque esperam “resolver temas pendentes ainda” para chegar a uma minuta de acordo.
“Hoje estamos finalizando a COP, (mas) tivemos que estender esta reunião de trabalho com os delegados da conferência sobre mudança climática porque esperamos que resolvam temas pendentes ainda”, disse Humala em declarações aos jornalistas, após inaugurar as obras do Centro de Inovação Tecnológica da Madeira (CITE Madeira), no distrito de Villa El Salvador.
“Estamos esperando estes resultados para dar outra notícia positiva a nosso país para que a COP20 seja reconhecida mundialmente como uma COP onde foram abordados temas relevantes e se chegaram a acordos que nos vão permitir levar a Paris um acordo praticamente pactuado”, declarou o chefe de Estado.
O plenário da cúpula recomeçou hoje para tentar adotar algum tipo de decisão oficial sobre a minuta do acordo climático universal que deve ser aprovado ano que vem em Paris.
O texto final que a presidência peruana da COP20 quer aprovar está desde a sexta-feira estagnado em um par de pontos, que fundamentalmente têm a ver com manter ou não a diferenciação entre países desenvolvidos e em desenvolvimento, e com o financiamento.
Os pontos mais espinhosos da negociação giram em torno do tipo de informação que os países devem apresentar em suas contribuições sobre redução de emissões de gases estufa para que estas metas possam ser quantificáveis e comparáveis.
As ajudas que devem ser concedidas aos países pobres e em desenvolvimento para combater os efeitos da mudança climática também estão no centro das negociações.
A COP20 de Lima começou dia 1º de dezembro com a presença de 10.300 delegados de 195 países para estabelecer os fundamentos do novo acordo global sobre a mudança climática que será aprovado em 2015 em Paris e que substituirá o Protocolo de Kioto a partir de 2020
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