Senado da Itália aprova reforma da lei eleitoral de Matteo Renzi

  • Por Agencia EFE
  • 27/01/2015 16h11
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Roma, 27 jan (EFE).- O Senado da Itália aprovou nesta terça-feira, por 184 votos a favor, 66 contra e duas abstenções, a reforma da lei eleitoral impulsionada pelo primeiro-ministro Matteo Renzi, com a qual se pretende favorecer a governabilidade do país.

O texto passará agora à Câmara dos Deputados para sua aprovação definitiva em terceira leitura, apesar deste trâmite não representar um problema para Renzi, já que os partidos que integram seu governo de coalizão têm maioria na casa.

A fase no Senado era a mais complicada para o chefe do governo italiano, devido a que nesta câmara não conta com uma grande maioria, que, além disso, se viu ameaçada pela oposição no seio de sua legenda, o Partido Democrata (PD).

O sistema eleitoral proposto por Renzi recebe o nome de “Italicum” e se caracteriza, sobretudo, por prever um sistema com dois turnos e “bônus” à candidatura mais votada para favorecer a governabilidade.

Para tanto, o sistema prevê que a distribuição de cadeiras na Câmara dos Deputados seja feita em uma base proporcional, com efeito majoritário. Assim, o partido que chegar, por exemplo, a 35% dos votos terá direito a um prêmio de maioria para chegar aos 53%.

Após a aprovação na câmara alta, o chefe do governo expressou sua satisfação no Twitter e apostou em continuar com seu ambicioso programa reformista.

Por sua vez, a ministra para as Reformas da Itália, Maria Elena Boschi, assegurou nos últimos dias que a medida pode receber a aprovação definitiva em abril, enquanto sua entrada em vigor poderia acontecer em 2016.

Para que a reforma superasse o trâmite no Senado, Renzi teve que pactuar com os conservadores do Forza Itália, liderados pelo ex-primeiro-ministro Silvio Berlusconi. EFE

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