Senado dos EUA aprova estender até quarta-feira orçamento do governo

Washington, 13 dez (EFE).- O Senado dos Estados Unidos aprovou em sessão extraordinário neste sábado estender até a próxima quarta-feira o orçamento do atual ano fiscal que financia o governo federal para ganhar tempo para a aprovação do orçamento de 2015.

O Senado referendou hoje essa prorrogação, aprovada na sexta pela Câmara dos Representantes.

O Senado respaldou nesta quinta-feira o orçamento de US$ 1,01 trilhão que financiará o governo federal até outubro de 2015, embora o Senado ainda deva dar sinal verde a esse projeto de lei orçamentário e evitar assim uma nova paralisia da Administração como a vivida em outubro de 2013.

O orçamento atual vencia na meia-noite de quinta-feira, mas duas horas antes a Câmara dos Representantes aprovou o projeto após intensas negociações.

Com esse voto e a aprovação do Congresso de uma resolução de continuidade para estender os recursos atuais por mais dois dias, os legisladores evitaram um novo fechamento parcial da Administração como o de 2013 e deram 48 horas ao Senado para debater e votar.

Esse prazo expirava a meia-noite de hoje, por isso o Senado, por não chegar a um acordo, teve que ratificar a nova extensão dos recursos atuais até na quarta-feira.

A Casa Branca se dedicou a fundo para garantir os votos necessários para dar sinal verde ao orçamento, com chamadas do presidente de EUA, Barack Obama, e de seu vice-presidente, Joe Biden, aos congressistas democratas que se opunham.

O próprio Obama não está de acordo com alguns dos aspectos do orçamento, como a eliminação de restrições ao financiamento de campanhas eleitorais e as emendas à lei de reforma do sistema financeiro conhecida como “Dodd-Frank”.

Mas o porta-voz da Casa Branca, Josh Earnest, reiterou que o presidente assinará a lei orçamentária se chegar ao seu escritório porque será fruto de um “compromisso” bipartidário.

O projeto de lei financiará a todas as agências do governo até setembro de 2015, quando termina o ano fiscal, exceto o Departamento de Segurança Nacional (com jurisdição em imigração), que só cobre até 27 de fevereiro devido à denominada “resolução de continuidade”.

Deste modo, os republicanos buscam reabrir o debate no começo do próximo ano sobre a ordem executiva assinada por Obama mês passado que regularizou temporariamente mais de cinco milhões de imigrantes ilegais. EFE