Senado dos EUA bloqueia lei para construção de oleoduto polêmico

  • Por Agencia EFE
  • 18/11/2014 22h39
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Washington, 18 nov (EFE).- O Senado dos Estados Unidos bloqueou nesta terça-feira o projeto de lei que teria permitido a construção do polêmico oleoduto Keystone XL, do Canadá ao Golfo do México, um plano discutido durante anos enquanto se analisava seu impacto ambiental e que nesta semana parecia estar mais perto que nunca.

Com 59 votos a favor e 41 contra, o projeto de lei ficou a apenas um “sim” dos 60 que necessitava para passar à votação final no plenário, onde somente teria necessitado de uma maioria simples para prosperar.

O texto legislativo, impulsionado pela senadora democrata pela Louisiana Mary Landrieu, que tentará a reeleição em um segundo turno no próximo 6 de dezembro, necessitava do apoio de mais um democrata para passar à votação final do plenário.

Apesar de ter sido bloqueado, o projeto fica aberto a debate na câmara alta, o que permitirá a seus partidários buscar o voto que lhes falta para avançar a lei.

Mesmo assim, após a vitória republicana nas eleições do último dia 4 de novembro, onde os conservadores arrebataram a maioria dos democratas no Senado, é provável que, quando se forme o próximo Congresso, em janeiro, os republicanos voltem a levar o projeto à votação, já contando com a maioria.

A Casa Branca não emitiu uma declaração oficial sobre a medida, mas hoje seu porta-voz, Josh Earnest, disse que o presidente Barack Obama não apoiaria o projeto de lei.

“Sem dúvida, é uma peça de legislação que o presidente não admite porque o presidente acredita que isto é algo que deve ser determinado através do Departamento de Estado”, disse Earnest.

Os republicanos defendem que a construção do oleoduto ajudaria a manter baixos os preços do petróleo e do gás no país, e que contribuiria para criação de emprego, enquanto os democratas em sua maioria alegam que seria devastador para o meio ambiente.

Pelo polêmico oleoduto poderiam ser canalizados 830.000 barris diários de petróleo sintético e betuminoso diluído desde a província canadense de Alberta a diferentes lugares dos Estados Unidos, incluídas refinarias do Texas no Golfo do México e um centro de distribuição em Oklahoma.

Enquanto isso, o governo federal aumentou o prazo que várias agências tinham para estudar as potenciais consequências ambientais da construção, cuja execução, em última instância, depende da decisão de Obama após as conclusões de ditos estudos. EFE

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