Senado dos EUA bloqueia lei para construção de oleoduto polêmico
Washington, 18 nov (EFE).- O Senado dos Estados Unidos bloqueou nesta terça-feira o projeto de lei que teria permitido a construção do polêmico oleoduto Keystone XL, do Canadá ao Golfo do México, um plano discutido durante anos enquanto se analisava seu impacto ambiental e que nesta semana parecia estar mais perto que nunca.
Com 59 votos a favor e 41 contra, o projeto de lei ficou a apenas um “sim” dos 60 que necessitava para passar à votação final no plenário, onde somente teria necessitado de uma maioria simples para prosperar.
O texto legislativo, impulsionado pela senadora democrata pela Louisiana Mary Landrieu, que tentará a reeleição em um segundo turno no próximo 6 de dezembro, necessitava do apoio de mais um democrata para passar à votação final do plenário.
Apesar de ter sido bloqueado, o projeto fica aberto a debate na câmara alta, o que permitirá a seus partidários buscar o voto que lhes falta para avançar a lei.
Mesmo assim, após a vitória republicana nas eleições do último dia 4 de novembro, onde os conservadores arrebataram a maioria dos democratas no Senado, é provável que, quando se forme o próximo Congresso, em janeiro, os republicanos voltem a levar o projeto à votação, já contando com a maioria.
A Casa Branca não emitiu uma declaração oficial sobre a medida, mas hoje seu porta-voz, Josh Earnest, disse que o presidente Barack Obama não apoiaria o projeto de lei.
“Sem dúvida, é uma peça de legislação que o presidente não admite porque o presidente acredita que isto é algo que deve ser determinado através do Departamento de Estado”, disse Earnest.
Os republicanos defendem que a construção do oleoduto ajudaria a manter baixos os preços do petróleo e do gás no país, e que contribuiria para criação de emprego, enquanto os democratas em sua maioria alegam que seria devastador para o meio ambiente.
Pelo polêmico oleoduto poderiam ser canalizados 830.000 barris diários de petróleo sintético e betuminoso diluído desde a província canadense de Alberta a diferentes lugares dos Estados Unidos, incluídas refinarias do Texas no Golfo do México e um centro de distribuição em Oklahoma.
Enquanto isso, o governo federal aumentou o prazo que várias agências tinham para estudar as potenciais consequências ambientais da construção, cuja execução, em última instância, depende da decisão de Obama após as conclusões de ditos estudos. EFE
Comentários
Conteúdo para assinantes. Assine JP Premium.