Senado dos EUA pede que Irã liberte 3 presos americanos

  • Por Agencia EFE
  • 14/05/2015 16h05

Washington, 12 mai (EFE).- O Senado dos Estados Unidos aprovou por unanimidade nesta segunda-feira uma resolução que pede ao Irã a libertação “imediata” de três cidadãos americanos que cumprem pena no país asiático, além da colaboração do governo da República Islâmica para a localização de um quarto.

A medida pede expressamente a libertação de Saeed Abedini, Amir Hekmati e Jason Rezaian, e que o governo iraniano colabore com as autoridades dos EUA para localizar o ex-agente do FBI Robert Levinson, já que se suspeita que o mesmo esteja desaparecido no Irã.

A resolução foi aprovada por 90 votos a favor e nenhum contra, pois dez senadores estavam ausentes, entre eles os pré-candidatos republicanos para as eleições presidenciais do ano que vem, Ted Cruz e Marco Rubio, e o aspirante democrata Bernie Sanders.

Abedini é um pastor cristão que foi condenado no Irã por tentar estabelecer uma rede de igrejas em residências particulares, o que a Justiça iraniana considerou uma ameaça para a segurança nacional do país.

Hekmati, por sua vez, é um ex-integrante do corpo de Infantaria da Marinha dos EUA que cumpre pena por espionagem. Já Rezaian é o chefe do escritório do jornal “The Washington Post” em Teerã, mas não se sabe o motivo pelo qual foi colocado sob custódia das autoridades iranianas.

A votação desta segunda-feira aconteceu quatro dias depois que o Senado aprovou um projeto de lei que exige uma revisão do Congresso para qualquer acordo que seja alcançado entre o Grupo 5+1 (China, EUA, França, Reino Unido e Rússia, mais Alemanha) e o Irã sobre seu programa nuclear.

A lei aprovada concede ao Congresso 30 dias para revisar o acordo nuclear com o Irã, uma vez que este seja assinado, tempo durante o qual o presidente americano, Barack Obama, poderia suspender as sanções impostas pelo Executivo, mas teria que respeitar as que foram impostas pelos legisladores.

Alguns senadores, como o republicano James Risch, se queixaram na segunda-feira que os Estados Unidos aceitaram negociar com o Irã antes que o país asiático tivesse aceitado libertar os presos americanos. EFE

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