Senador vê como “muito difícil” confirmação de embaixador dos EUA em Cuba

  • Por Agencia EFE
  • 04/01/2015 21h11

Washington, 4 jan (EFE).- O senador democrata Robert Menéndez, de origem cubana, afirmou neste domingo que será “muito difícil” que o novo Senado de maioria republicana nos Estados Unidos confirme um embaixador americano em Cuba, como pretende o governo Barack Obama.

Por outro lado, o senador pela Flórida, grande crítico das medidas para normalizar as relações com Cuba anunciadas em dezembro, considerou em entrevista à emissora “CNN” que seria fácil transformar o Escritório de Interesses em Havana em uma embaixada.

No mês passado, o senador republicano de origem cubana Marco Rubio garantiu que o governo “terá dificuldades” para encontrar os votos necessários para aprovar verbas para uma embaixada e a designação de um embaixador em Havana.

Segundo Menéndez, atual presidente Comitê de Relações Exteriores do Senado, a Casa Branca fez um acordo ruim com Havana por não ter incluído “nenhuma exigência em matéria de democracia e direitos humanos”.

“Não conseguiram absolutamente nada a não ser se renderem em tudo que o regime dos Castro queria”, criticou o senador.

Menéndez também lamentou que o fato de comitê presidido por ele não ter sido informado das conversas secretas mantidas durante um ano por delegações dos Estados Unidos e Cuba para acertar a normalização das relações entre os dois países, após mais de meio século de inimizade.

“Esse não é um problema só no caso de Cuba, mas também no do Irã. Essa diplomacia secreta na qual (…) não te dão respostas claras sobre o que está ocorrendo”, indicou.

O senador republicano Bob Corker, que substituirá Menéndez à frente do Comitê de Relações Exteriores do Senado, prometeu hoje em entrevista à emissora “Fox News” que irá realizar “audiências rigorosas” sobre Cuba antes de tomar uma decisão final.

Obama pediu também em dezembro para o Congresso começar a debater o fim do embargo econômico imposto a Cuba nos anos 60 e reforçado em 1996 através da Lei Helms-Burton. Somente o Legislativo tem o poder de acabar com as sanções. EFE

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