Senegal abre corredor humanitário para facilitar envio de ajuda humanitária
Dacar, 8 set (EFE).- O governo do Senegal anunciou nesta segunda-feira a abertura de um corredor humanitário para facilitar a chegada de ajuda humanitária aos países afetados pela epidemia de ebola na África Ocidental.
“Após o fechamento das fronteiras, decidimos abrir um corredor humanitário para permitir que as ONGs continuem oferecendo assistência aos países afetados pela epidemia na região”, informou o governo em comunicado oficial.
Várias ONGs sugeriram às autoridades senegalesas que Dacar se transformasse em uma base regional para o envio de equipamentos médicos, material e ajuda humanitária aos três países mais afetados: Guiné , Libéria e Serra Leoa.
A ONU e importantes ONGs, como a Médicos Sem Fronteiras ou a Cruz Vermelha, têm suas sedes regionais em Dacar, cidade litorânea que aparece como ponto de partida para intervenções na África Ocidental e Central.
O Senegal confirmou no último dia 29 de agosto seu primeiro caso de ebola, diagnosticado em um estudante guineano de 21 anos, recém-chegado de seu país.
A saúde do paciente, que se encontra isolado em um hospital da capital, evolui favoravelmente, assinalou na última semana a ministra da Saúde do Senegal, Awa Marie Coll Seck.
No entanto, novos controles médicos revelaram que o paciente ainda não se recuperou totalmente do vírus, tendo em vista que o mesmo segue isolado.
Além disso, um total de 66 pessoas que estiveram em contato com o paciente desde sua chegada ao Senegal foram postas em quarentena e sob vigilância médica, uma medida que visa romper a cadeia de transmissão do vírus.
No último dia 21 de agosto, o governo do Senegal anunciou o fechamento de suas fronteiras terrestres, aéreas e marítimas com sua vizinha Guiné, assim como suspendeu os voos aéreos com a Libéria e Serra Leoa.
Anteriormente, entre os dias 29 de março e 6 de maio, o governo do Senegal havia fechado suas fronteiras com Guiné, onde, em março, foi identificado esse novo surto de ebola, doença que já provocou 2.097 mortes, segundo os últimos dados da Organização Mundial da Saúde (OMS). EFE
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