Sequestrador e outra pessoa morrem após 17 horas de tensão em cafeteria de Sydney

  • Por EFE
  • 15/12/2014 15h56
Médicos atendem feridos em sequestro de Sydney EFE Médicos atendem feridos em sequestro de Sydney

Pelo menos duas pessoas morreram na operação policial que pôs fim a um sequestro que durou mais de 15 horas em uma cafeteria na cidade de Sydney, Austrália, e no qual um cidadão iraniano fez diversos reféns, entre clientes e funcionários, informou o canal 9 da televisão local.

A emissora disse que o próprio sequestrador é um dos mortos e também que quatro reféns ficaram feridos, sendo que dois deles precisaram de reanimação cardiopulmonar.

Entre os cerca de 20 reféns, havia uma brasileira, a personal trainer goiana Marcia Mikhael, cuja família informou no Facebook que ela está bem e em segurança. Ela chegou a ligar para o filho do local do sequestro, informou a prima em entrevista exclusiva à Jovem Pan.

A polícia não confirmou por enquanto o número de mortes, nem o de feridos e seu estado de saúde, e se limitou a dar por encerrado o sequestro.

As autoridades também não disse se o sequestrador, o clérigo muçulmano Man Haron Monis, nascido no Irã em 1962 com o nome de Matenghi Boourjerdi, está morto.

As forças de segurança decidiram intervir após 18 horas de sequestro. A ação ocorreu poucos momentos depois de cinco pessoas deixarem o estabelecimento – ainda não está esclarecido se elas fugiram ou foram liberadas.

Do lado de fora, muitos policiais cercavam o edifício onde fica a cafeteria. Foram ouvidos vários disparos que iluminaram o interior da loja, e o barulho de uma explosão.

Os reféns então começaram a sair do local, alguns com as mãos erguidas. Ambulâncias e carros dos bombeiros se posicionaram nas imediações para atender os feridos.

O primeiro-ministro australiano, Tony Abbott, classificou o sequestro como um ato com “motivações políticas”, e se reuniu ao longo do dia duas vezes com o Comitê de Segurança Nacional.

Segundo a Polícia, o sequestrador é Man Haron Monis, um clérigo muçulmano iraniano que chegou à Austrália em 1996 como refugiado e que participou ou liderou várias protestos contra a presença de tropas australianas no Afeganistão.

O xeque Haron também tem problemas com a justiça australiana, entre outras causas por seu envolvimento na morte de sua ex-esposa, Noleen Pal, com quem teve duas filhas.

Entre suas primeiras ações dentro da cafeteria, ele obrigou duas pessoas a estender uma bandeira na vitrine de entrada com uma mensagem escrita em árabe que dizia “não há outro Deus senão Alá, e Maomé é seu profeta”, a “sahada” ou declaração de fé muçulmana.

Comentários

Conteúdo para assinantes. Assine JP Premium.