Sequestradores de freiras de Malula exigem libertação de presas do regime

  • Por Agencia EFE
  • 09/01/2014 15h05

Beirute, 9 jan (EFE).- O grupo que tem em seu poder as 12 freiras de Malula, sequestradas pelos opositores sírios desde 2 de dezembro, exigiu a libertação de 200 presas em prisões do regime de Bashar al-Assad, disse nesta quinta-feira à Agência Efe um dos mediadores para a libertação das religiosas.

O chefe do Conselho Ortodoxo libanês, Robert Eid, explicou que eles estão trabalhando para a liberação dessas presas, que foram detidas pelas forças governamentais sírias em essa cidade da província de Hama.

Eid acrescentou que as freiras seguem retidas em um chalé, propriedade de um cristão, por uma organização insurgente na cidade de Yabroud, ao norte de Damasco, cujo líder é de nacionalidade kuwaitiana e responde pelo nome de Abu Anyan.

“As religiosas estão bem e em bom estado de saúde, o problema é que não são livres”, disse o mediador, que informou que as freiras mantêm contato telefônico com seus familiares.

Como parte dos esforços para garantir a libertação, Eid se reuniu hoje com o diretor da Segurança Nacional libanesa, general Abbas Ibrahim, e pediu que atuasse também para conseguir a libertação dos bispos Bulos Yaziji e Yohanna Ibrahim, sequestrados em 22 de abril no norte da Síria.

Eid afirmou que estão sendo realizados esforços, embora não tenha dado mais detalhes por motivos de segurança: “Temos que ser cautelosos”, ressaltou.

Mesmo assim, ele se mostrou otimista sobre uma possível libertação em breve das freiras, porque “estamos trabalhando muito duro para isso”.

As religiosas desapareceram do convento de Santa Tecla durante a tomada pelos rebeldes da população de maioria cristã de Malula, onde ainda se fala o aramaico, a língua na qual se expressava Jesus Cristo.

O regime sírio acusou os rebeldes de “terroristas”, por haver sequestrado às religiosas.

Por sua vez, o porta-voz do Conselho Militar Rebelde de Damasco, Musab al Jair, negou em declarações à Efe que se tratasse de um rapto, e afirmou que os milicianos se limitaram a garantir a saída segura das freiras e que as libertariam em breve. EFE

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