Serra Leoa põe em quarentena a mais de um milhão de pessoas pelo ebola
Monróvia, 25 set (EFE). – O governo de Serra Leoa colocou em quarentena três províncias do país, nas quais vivem mais de um milhão de pessoas, em uma nova tentativa de conter a propagação do vírus do ebola, que já matou mais de 2.800 pessoas na África Ocidental.
O presidente do país, Ernest Bai Koroma, decretou esta nova ordem através de uma mensagem divulgada ontem à noite no rádio, apenas três dias depois de acabar com o toque de recolher que obrigou todos os habitantes a permanecer em suas casas durante três dias. Os moradores das três províncias afetadas, Port Loko, Bombali e Moyamba, se mostraram insatisfeitos com a medida, apesar de o governo insistir na efetividade deste tipo de ação na luta contra a epidemia.
Desta maneira, a partir de hoje, apenas as pessoas que prestam serviços essenciais poderão entrar e circular nessas províncias. Durante o excepcional “fechamento” do país, que aconteceu de sexta-feira passada até o domingo, todos os leoneses tiveram que ficar em casa, enquanto cerca de 30 mil voluntários percorreram todas elas para medir a temperatura, entregar barras de sabão e informar os cidadãos sobre as medidas de prevenção do ebola.
De acordo com as autoridades sanitárias, durante este toque de recolher foram descobertos mais de 200 novos casos de ebola que não teriam sido identificados sem a medida. Serra Leoa, com mais de 1.600 casos, é o segundo país da África Ocidental com o maior registro de doentes de ebola, dos que mais de 500 morreram.
Este surto de ebola, o primeiro que se detecta na África Ocidental, surgiu em março em Guiné e se estendeu por Libéria, Serra Leoa, Nigéria e Senegal. Desde então, o vírus contagiou 5.800 pessoas e matou mais de 2.800, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS). EFE
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