Serra Leoa retira medidas de quarenta contra ebola
Nairóbi, 23 jan (EFE).- O presidente de Serra Leoa, Ernest Bai Koroma, anunciou o final das medidas de quarentena impostas em cinco distritos do país para enfrentar a ameaça do ebola.
Serra Leoa foi o país que mais registrou casos no atual surto de ebola, com 10.340 contágios e 3.100 mortes. A epidemia atingiu principalmente Libéria, Guiné e Serra Leoa, na África Ocidental, matando 8.600 pessoas na região, segundo os últimos dados da Organização Mundial da Saúde (OMS).
Em mensagem para a nação divulgada pela imprensa local nesta sexta-feira, Koroma justificou o fim do isolamento pelo avanço no combate à doença e para reativar a economia do país. A quarentena só continuará valendo para os lares de famílias com suspeitas de contágio.
Em setembro, as autoridades do país impuseram medidas de quarentena em cinco dos 14 distritos do país e medidas de confinamento para toda a população, que foi obrigada a passar o período do Natal em suas casas.
“Levando em conta os progressos realizados contra a doença, devemos tomar medidas para permitir a recuperação econômica e social”, afirmou o presidente, segundo o jornal “Global Times Newspaper”.
Koroma ressaltou que o número de casos de ebola em Serra Leoa nas últimas sete semanas foi reduzido.
Com o objetivo de impulsionar sua atividade econômica, Serra Leoa eliminará as quarentenas e restrições ao movimento no interior dos distritos.
“Não serão impostas quarentenas nem restrições ao movimento além do nível dos lares, nem pelo governo nem por outras autoridades”, esclareceu.
Até o final de março, o país espera reabrir as escolas sem perigo para a população. Segundo o presidente, a recuperação é consequência da melhoria das infraestruturas de Serra Leoa.
“Temos muitas mais camas e laboratórios de maior capacidade, mais ambulâncias, melhores tempos de resposta e pessoal mais capacitado”, enumerou.
Koroma advertiu, no entanto, que a batalha contra o ebola não terminou: “até que tenhamos zero casos durante 42 dias, até que nossos vizinhos da Libéria e Guiné tenham zero casos durante 42 dias, até nosso sistema de saúde estar preparado para interromper a transmissão e prevenir futuros focos, somente então a luta terminará”. EFE
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