Sérvia identifica suspeito de ataques de Paris como refugiado

  • Por Agencia EFE
  • 15/11/2015 11h30
Reprodução/Blic O jornal sérvio "Blic" divulgou imagem do passaporte de um dos suspeito dos atentados em Paris

A Sérvia identificou um dos suspeitos dos ataques de Paris como um refugiado que responde às iniciais A. A., que entrou no país no último dia 7 de outubro e pediu asilo, informou neste domingo a agência “Tanjung” citando fontes do Ministério do Interior.

A agência acrescentou que o Ministério do Interior sérvio confirmou que os dados dessa pessoa, que o jornal sérvio “Blic” assegura que se chamava Ahmed Almuhamed, coincidem com os do refugiado que entrou na Grécia em 3 de outubro e cujo passaporte foi achado em Paris depois dos ataques.

A informação da “Tanjug” só acrescenta que se trata de uma pessoa sobre quem pesava uma ordem de busca e captura da Interpol e que o Ministério do Interior sérvio está coordenando a investigação com as forças de segurança da França.

O “Blic” publicou neste domingo (15) que um dos terroristas do ataque de Paris percorreu toda a rota dos Bálcãs, pela qual passaram dezenas de milhares de refugiados, usando um passaporte sírio sob o nome de Ahmed Almuhamed.

O jornal sérvio divulgou também a fotografia do passaporte do suspeito e indicou que tinha 25 anos e entrou na Grécia pela ilha de Leros.

As autoridades gregas confirmaram neste sábado que o passaporte sírio achado em um dos locais dos atentados cometidos na sexta-feira em Paris foi registrado no último dia 3 de outubro em Leros.

Blic assegura que Almuhamed passou na fronteira sérvia por uma revista que confirmou que não estava armado e que, embora tenha pedido formalmente asilo na Sérvia, logo prosseguiu seu caminho rumo à Croácia.

A emissora croata “RTL” afirmou que essa pessoa foi registrada em outubro no campo croata de amparada de refugiados de Opatovac, perto da fronteira sérvia, e que depois seguiu viagem em direção a Hungria e Áustria.

No entanto, o Ministério do Interior da Áustria garantiu à Agência Efe que não há atualmente nenhum indício de que alguém com esse passaporte tenha passado pela Áustria nas últimas semanas.

“Essas informações são apenas especulações e suposições”, assinalou o porta-voz do ministério, Karl-Heinz Grundböck. 

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