Serviço Secreto dos EUA demorou um ano para consertar alarme de casa de Bush
Washington, 23 abr (EFE).- O Serviço Secreto dos Estados Unidos demorou mais de um ano em substituir um sistema de alarmes quebrado na casa do ex-presidente George H.W. Bush (1989-1993), revelou nesta quinta-feira um relatório oficial, mais um caso de negligência de uma agência cada vez mais criticada no país.
O Inspetor Geral do Departamento de Segurança Nacional (DHS) dos EUA, John Roth, informou do incidente em um memorando enviado hoje ao diretor do Serviço Secreto, Joseph Clancy.
O sistema de alarmes na casa de Bush e sua esposa Barbara, instalado em 1993, deixou de funcionar em setembro de 2013 e não foi substituído até pelo menos 13 meses depois, novembro ou dezembro de 2014, segundo o relatório.
O atraso aconteceu apesar de a agência ter obtido um novo sistema de alarmes em janeiro de 2014 e a de um especialista em segurança do Serviço Secreto já tinha aconselhado substituir o mecanismo na residência dos Bush em 2010, recomendação que foi negada em 2011.
Em seu relatório, o inspetor geral advertiu que há alguns problemas na dinâmica da agência na hora de identificar e informar sobre erros nos sistemas de segurança, de repará-los e de substituí-los, e que isso “pode estar afetando também outras residências” protegidas pela agência.
O ex-presidente americano expressou hoje confiança no trabalho do Serviço Secreto, responsável pela segurança do presidente dos Estados Unidos e dos ex-presidentes do país, além da de autoridades de outros países durante visitas oficiais.
“Barbara e eu temos grande respeito e confiança nos homens e mulheres do Serviço Secreto. Esse respeito e confiança nunca se desvaneceu”, afirmou Bush em sua conta oficial no Twitter.
O Serviço Secreto foi alvo de fortes críticas por vários incidentes que puseram em perigo a segurança nas instalações da Casa Branca e outros casos nos quais seus agentes foram afastados por causa de comportamentos inadequados.
O 4 de março do ano passado, dois agentes do Serviço Secreto bateram sua viatura contra uma das cercas da Casa Branca, aparentemente sob efeitos do álcool.
Em setembro, um veterano da Guerra do Iraque com problemas mentais entrou armado com uma faca e chegou a acessar o primeiro andar da residência presidencial.
Além disso, no início deste mês foi divulgada a acusação de assédio sexual de um agente do Serviço Secreto contra um de seus companheiros, e o caso de um oficial alocado em missões no exterior acusado de destruição de propriedade.
O presidente do comitê de Supervisão do governo na Câmara dos Representantes, o republicano Jason Chaffetz; e o “número dois” desse comitê, o democrata Elijah Cummings, pediram hoje que o Serviço Secreto avance em suas reformas internas.
“É imperativo que o diretor (Joseph) Clancy atue rapidamente em uma série de frentes para restaurar a confiança do povo americano nesta agência”, disseram Chaffetz e Cummings em comunicado conjunto. EFE
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