Sete pessoas são presas na China por obrigarem crianças a doar sangue

  • Por Agencia EFE
  • 16/08/2014 01h21

Pequim, 16 ago (EFE).- Sete pessoas foram detidas na província de Gansu, no noroeste da China, por obrigarem crianças de escolas locais a doar sangue, informou neste sábado a agência oficial “Xinhua” citando fontes policiais.

Os presos são funcionários do Instituto de Produtos Biológicos de Lanzhou (capital provincial), uma das maiores fabricantes nacionais de plasma para hospitais e outros bens relacionados.

Entre eles está o subdiretor de um dos centros de doação de sangue administrados pela companhia, de sobrenome Huang, assinalou a informação policial.

Huang declarou à polícia que a decisão de usar crianças em doações sem autorização foi tomada por causa de pressões da companhia, que tinha pedido aos funcionários que conseguissem mais doadores.

Pelo menos oito estudantes entre dez e 16 anos foram obrigados a doar sangue pelo menos uma vez por mês, desde o início do ano, e o dinheiro que seria pago por essas doações era embolsado pelos funcionários que forçavam as crianças.

Os funcionários elaboraram falsas identificações para os jovens doadores, para que constassem como adultos (na China a idade legal para a doação de sangue é de 18 a 55 anos), e espancavam os menores que se negavam a “cooperar”.

O escândalo foi denunciado pelos pais de uma das crianças, depois de ela contar que tinha sido espancada.

A doação de sangue é relativamente baixa, por crenças tradicionais que acreditam que faz mal para a saúde, e também pela má fama que a prática ganhou nos anos 90, pelo escândalo dos centros de coleta sanguínea que contagiaram com o vírus da aids milhares de pessoas nas zonas rurais do país. EFE

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