Setor automotivo brasileiro deverá propor acordo bilateral com Colômbia
Brasília, 7 out (EFE).- O setor automotivo deverá apresentar em novembro aos governos de Brasil e Colômbia uma iniciativa privada para um acordo bilateral de produção e exportação, segundo anunciou nesta terça-feira a Associação Nacional de Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea).
“Trabalhamos com a abertura de novos mercados, especialmente com a Colômbia neste momento. Acho que em novembro poderemos apresentar aos dois governos uma proposta desta iniciativa privada”, afirmou aos jornalistas Luiz Moan, presidente da Anfavea.
Moan, que não deu detalhes sobre o acordo com a Colômbia, se reuniu na capital brasileira com o secretário de Política Econômica do Ministério da Fazenda, Marcio Holland.
O acordo bilateral com a Colômbia pretende expandir as exportações brasileiras do setor, afetadas pela crise na Argentina, principal comprador de veículos automotores produzidos no Brasil.
No entanto, Moan disse que o setor também aposta em um fortalecimento do mercado interno, principal sustento da indústria automotiva do país.
“A economia brasileira depende basicamente do desenvolvimento do mercado interno, diferentemente de alguns países que escolheram a exportação. O Brasil tem como motor o mercado interno. Estimulá-lo só pode ajudar o crescimento”, comentou. Para ele, a taxa cambial afeta mais o setor que a própria elevação de juros.
Moan lembrou que, em 2005, o país exportou quase um milhão de veículos com uma taxa de câmbio de R$ 2,50 por dólar e hoje, nove anos depois, continua com a mesma taxa, enquanto outros concorrentes desvalorizaram suas moedas.
Em termos de exportação, as vendas de veículos brasileiros para o exterior em setembro foi de 26.724 unidades, uma queda de 41,2% em comparação ao mesmo mês do ano passado e uma redução de 15,6% em relação a agosto deste ano, segundo números da Anfavea.
No acumulado do ano, o Brasil exportou 262.007 unidades, o que significa uma redução de 38,5% frente ao período janeiro-setembro do ano anterior. EFE
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