Setor farmacêutico deve ter queda de 30% no consumo

  • Por Jovem Pan
  • 01/06/2015 11h44
SÃO PAULO, SP, BRASIL, 14-04-2010: Mulher escolhe medicamento em prateleira de drogaria após o STJ ter suspendido liminares que permitiam às grandes redes oferecerem remédios vendidos sem receita fora do balcão em São Paulo (SP). (Foto: Zanone Fraissat/Folhapress, COTIDIANO) Reajuste é feito de acordo com o aumento da inflação entre outras variáveis de mercado Reajuste é feito de acordo com o aumento da inflação entre outras variáveis de mercado

Crise leva brasileiro a cortar até remédio e os setor deve sentir queda de 30% nas vendas. Na recessão, o tratamento médico muitas vezes é interrompido, apesar da maioria dos genéricos custar, em média, 40% menos. O setor farmacêutico já revê as planilhas para este ano com o PIB negativo constatado pelo IBGE.

Falando a repórter Jovem Pan Renata Perobelli, o presidente do Sindusfarma, Nelson Mussolini, avalia que a indústria sente os efeitos da crise como qualquer outra. “Se tem que tomar dois ou três produtos procuram tomar aquele que é mais importante e deixa de comprar os demais. Isso acontece porque as pessoas começam a se cuidar menos quando estão em crise ou quando falta o emprego”, diz. De acordo com Nelson Mussolini, do Sindusfarma, o setor teve queda de 6% nos cinco primeiros meses do ano sobre igual período de 2014.

A presidente da Associação Pró Genéricos, Telma Salles, relata que a crise também afeta os medicamentos mais baratos. “Nós sempre esperamos crescer mais porque acredita na força do genérico como indutor de tratamento, mas a economia está mais fraca e as pessoas precisam se preocupar e comprar apenas o que é estritamente necessário”, afirma.

Telma Salles destaca que o segmento de genéricos ainda cresce, mas em níveis inferiores aos da última década.

O presidente da Associação Brasileira da Indústria Farmacêutica, Antônio Brito, explica que 86% dos ativos usados pelo setor são importados. “A situação brasileira é uma situação onde 86% daquilo que vem dentro do medicamento, o princípio ativo, é importado, portanto, qualquer aumento de imposto sobre a importação aumentaria o preço”, lembra.

Em meio às dificuldades citadas por Antônio Brito, da Interfarma, o consumidor também deve fazer pesquisa de preços com os remédios. Diante da redução da demanda, as farmácias incrementam promoções e elevam os descontos.

Ouça reportagem completa no áudio acima.

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