Seul chama de “provocação” anúncio de lançamento de satélite norte-coreano
Seul/Tóquio, 15 set (EFE).- A Coreia do Sul reagiu nesta terça-feira ao anúncio do lançamento de um satélite pela Coreia do Norte afirmando que isso representaria uma “grave provocação” e violaria as resoluções do Conselho de Segurança da ONU que proíbem o regime de Kim Jong-un de lançar projéteis de longo alcance.
O lançamento será “uma grave provocação, uma ameaça militar e uma violação das resoluções da ONU que proíbem a Coreia do Norte de realizar qualquer ação vinculada com a tecnologia de mísseis balísticos”, afirmou um porta-voz do governo sul-coreano.
A Coreia do Norte anunciou hoje que está finalizando os preparativos para colocar em órbita “um novo satélite de observação da Terra para a previsão do tempo e outros propósitos”, segundo o diretor da agência espacial do país, mas sem especificar uma data concreta.
Essa operação requer o lançamento de um foguete de longo alcance, o que faz com que os Estados Unidos e outros países interpretem essas ações da Coreia do Norte como testes encobertos para o lançamento de um míssil intercontinental.
O porta-voz do Ministério da Defesa da Coreia do Sul garantiu que seu país e os Estados Unidos “estão mantendo uma colaboração estreita” para que estejam “preparados diante de qualquer possibilidade”, em relação ao anúncio do lançamento norte-coreano.
No entanto, o funcionário sul-coreano especificou que ainda não foram detectados sinais visíveis de que o lançamento do foguete norte-coreano seja iminente.
O Japão, por sua vez, também condenou o anúncio de Pyongyang por considerá-lo um possível teste encoberto de mísseis e exigiu do regime norte-coreano o cumprimento das resoluções do Conselho de Segurança das Nações Unidas.
“Pedimos a Coreia do Norte que evite as ações provocativas e que cumpra as resoluções”, afirmou em entrevista coletiva o ministro porta-voz do Executivo japonês, Yoshihide Suga, que acrescentou que o Japão “continuará mantendo contatos com EUA e Coreia do Sul” para analisar os movimentos de Pyongyang.
Além disso, o ministro das Relações Exteriores do Japão, Fumio Kishida, assinalou que a Coreia do Norte estará descumprindo com as resoluções do Conselho de Segurança mesmo que envie apenas um satélite ao espaço, como afirmou Pyongyang, já que as sanções “proíbem qualquer utilização de tecnologia balística”.
Os analistas acreditam que o lançamento do satélite poderia acontecer em datas próximas de 10 de outubro, dia em que a Coreia do Norte comemora os 70 anos da fundação do Partido dos Trabalhadores. EFE
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