Seul confirma deserções de norte-coreanos devido a expurgos de Kim Jong-un
Seul, 9 jul (EFE).- O ministro das Relações Exteriores da Coreia do Sul, Yun Byung-se, confirmou nesta quinta-feira que alguns norte-coreanos no exterior desertaram para o país para não serem vítimas do “reinado do terror” atribuído ao ditador Kim Jong-un.
A Coreia do Sul detectou “diversos sinais” que “funcionários” da Coreia do Norte no exterior estão especialmente consternados pela agressiva estratégia de liderança do jovem Kim, afirmou Yun em reunião com jornalistas na capital sul-coreana.
As declarações do titular das Relações Exteriores sul-coreano foram feitas depois que vários meios de comunicação locais asseguraram que um número indeterminado de norte-coreanos enviados ao estrangeiro – entre eles altos funcionários – buscaram asilo na Coreia do Sul por medo de serem vítimas dos expurgos de Kim Jong-un.
Até o momento o governo da Coreia do Sul não se pronunciou oficialmente sobre o assunto, embora hoje o Ministério da Unificação tenha desmentido uma notícia sobre a suposta deserção de um importante general norte-coreano.
Pyongyang atribuiu os rumores a uma “campanha de falsa propaganda” dos meios sul-coreanos para “criar a impressão de que há instabilidade e terror na Coreia do Norte, em uma tentativa de manchar a imagem” do país, segundo a agência estatal “KCNA”.
O Serviço de Inteligência da Coreia do Sul afirmou em maio que Kim Jong-un tinha executado mais de 70 funcionários desde que assumiu o poder em dezembro de 2011, após a morte de seu pai, Kim Jong-il.
O chanceler sul-coreano qualificou hoje este dado como “extremamente incomum” já que “é sete vezes maior do que o registrado nos três primeiros anos de liderança de Kim Jong-il”.
O extremo sigilo da Coreia do Norte torna impossível comprovar se a informação da inteligência do Sul é verdadeira. EFE
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