Shell ignorou advertências para substituir oleoduto que explodiu e matou 40 nigerianos, relata AI

  • Por Jovem Pan com Agência EFE
  • 13/11/2014 20h52

Foto da data do acidente mostra coluna de fogo logo após explosão em oleoduto no Delta do Niger

EFE/STR Foto de 17 de setembro de 2004 mostra coluna de fogo após explosão que matou mais de 40 na Nigéria

O caso aconteceu em 17 de outubro de 2004 no Delta do Níger, região da Nigéria rica na produção de petróleo. A explosão de um oleoduto matou mais de 40 nigerianos. Nesta quinta, mais de 10 anos depois, a Anistia Internacional revelou documentos oficiais que mostram que a empresa Shell ignorou advertência interna para substituir oleodutos da área, que acabaram se rompendo.

Além das vidas ceifadas, importante quantia de petróleo foi derramada no rompimento dos oleodutos, mostra o relatório de 50 páginas da AI. Por exemplo, em outro vazamento de 28 de agosto de 2008, o óleo permaneceu vazando por pelo menos quatro semanas e foram perdidos 1640 barris do combustível, de acordo com a empresa britânica e holandesa. A quantidade foi derramada em um lago e pântano ao redor, diz a Anistia Internacional.

Explosões de oleodutos e mortes não são casos raros na recente história do país africano. Em dezembro do mesmo ano de 2004, uma explosão deixou ao menos 26 mortos. Em 2006, mais de 200 faleceram em acidente similar. Em 2007, ao menos 34 foram mortos em outra explosão.

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