Sindicato venezuelano reporta 137 comunicadores agredidos em protestos

  • Por Agencia EFE
  • 12/04/2014 15h05

Caracas, 12 abr (EFE).- O Sindicato Nacional dos Trabalhadores da Imprensa (SNTP) da Venezuela disse, ao completar neste sábado dois meses de protestos populares contra o governo do presidente Nicolás Maduro, que foram registradas 181 agressões contra 137 comunicadores.

Marco Ruiz, secretário-geral do SNTP, detalhou em declarações aos colegas que entre as 181 agressões destaca-se a contra um jornalista ferido à bala, 82 casos de fustigação, 40 de agressões físicas, 35 de roubos ou destruição do material de trabalho e 23 detenções.

A Procuradoria Geral contabiliza desde 12 de fevereiro 41 mortos, entre eles 32 civis de ambos os grupos e pessoas atingidas em um virtual “cruzamento de fogo”, e nove agentes de corpos de segurança.

Sobre a procedência das agressões contra os trabalhadores da imprensa, Ruiz disse que em 60% dos casos os responsáveis foram funcionários de diferentes instâncias policiais e o resto ativistas identificados tanto com o governo como da oposição.

Ruiz lembrou que em reunião que sustentou no transcurso da semana com funcionários do Ministério Público foi acordado que serão “promotores superiores” que atenderão “os procedimentos que envolvam trabalhadores dos meios de comunicação” em eventuais futuras agressões.

No entanto, lembrou que em reunião com os trabalhadores da imprensa em 23 de março, o comandante da Guarda Nacional Bolivariana (GNB, Polícia Militar), major general Justo Noguera Pietri, ordenou que os agentes respeitem o trabalho dos comunicadores.

Os uniformizados devem “cumprir com o compromisso de não agredir, roubar ou deter jornalistas, câmeras e fotógrafos, tal como ordenou o major general Noguera Pietri”, ressaltou Ruiz.

O governo e a aliança opositora Mesa da Unidade Democrática (MUD) iniciaram na quinta-feira uma rodada de reuniões que continuarão na próxima terça-feira para identificar as razões dos protestos e evitar nelas os fatos de violência. EFE

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