Sindicatos argentinos convocam greve geral contra ajustes do governo

  • Por Agencia EFE
  • 26/03/2014 16h03

Buenos Aires, 26 mar (EFE).- Os principais sindicatos opositores argentinos anunciaram nesta quarta-feira a convocação de uma greve geral para o próximo dia 10 de abril, uma ação contra da política econômica e os ajustes realizados pelo governo de Cristina Kirchner.

A greve, que afetará o transporte, a educação e a saúde, entre outros setores, foi anunciada em entrevista coletiva pelos representantes sindicais Juan Carlos Schmid e Gerónimo Venegas, após uma reunião entre dois dos grêmios que conformam a Confederação Geral do Trabalho (CGT) da Argentina.

“A jornada de protesto será realizada sem mobilização e sem um ato central”, segundo assinalaram os sindicalistas, que ressaltaram que a mesma contará com diversas outras adesões, como a opositora Trabalhadores da Argentina (CTA), a União Tranviarios Automotor (UTA) e o sindicato de motoristas de trem.

Em entrevista coletiva, o chefe de Gabinete do governo argentino, Jorge Capitanich, afirmou que a convocação da greve é uma medida “de caráter político em apoio a um candidato”, em referência ao líder da opositora Frente Renovador (FR), Sergio Massa, candidato presidencial em 2015.

Ontem, o titular de uma ala da CGT Luis Barrionuevo anunciou a próxima criação da mesa nacional sindical “Massa Presidente”, que englobaria o grupo de sindicatos que apoiam a candidatura do líder da FR.

“Massa é o frescor, a inteligência, a capacidade, a força. Acho que está em condições de ser presidente”, assinalou Barrionuevo à imprensa local.

Nesse contexto, segundo Capitanich, “estes atores, que pretendem estabelecer uma estratégia de oposição ao governo, promovem uma greve, que, em consequência, é uma medida de caráter político”.

A última greve geral realizada na Argentina, em novembro de 2012, teve um alto índice de seguimento e paralisou grande parte do país. EFE

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