Sindicatos argentinos convocam greve nacional nos transportes para junho

Buenos Aires, 12 mai (EFE).- Os sindicatos de transporte da Argentina convocaram nesta terça-feira uma nova greve nacional para o começo de junho perante a negativa do governo de modificar o salário mínimo afetado por deduções fiscais.

“Decidimos realizar uma greve na primeira semana de junho e vamos tentar estabelecer uma coordenação com as centrais operárias”, declarou o delegado gremial Juan Carlos Schmid em entrevista coletiva na sede da Confederação Argentina do Transporte (CTA) após o encontro mantido por líderes sindicais do setor.

O dia exato da greve será concretizado em breve, acrescentou Schmid.

Os sindicatos de transporte reivindicam mudanças no imposto aos lucro, que atualmente devem ser pagos por todos aqueles trabalhadores com salários superiores a 15 mil pesos (US$ 1.680).

O governo reduziu na semana passada as deduções fiscais a serem pagas pelos trabalhadores afetados pelo imposto, mas os grêmios exigem que seja modificado o mínimo não tributável, que se mantém inalterado desde 2013, com o objetivo de reduzir o número de pessoas que devem pagar.

Além disso, a categoria reivindica uma alta salarial superior a 30%, frente a alta de 26% pactuada nos últimos dias por grêmios como o da construção e do comércio.

Os trabalhadores bancários, que também buscam um aumento mínimo de 30%, realizam hoje uma greve de 24 horas como medida de pressão aos empresários, que ainda não puseram uma oferta sobre a mesa.

Com as mesmas exigências, os sindicatos do transporte já protagonizaram uma greve nacional em 31 de março que paralisou grande parte da Argentina. EFE