Sindicatos contrários à reforma trabalhista na França fazem novos protestos
Sindicatos que se opõe à reforma trabalhista proposta pelo governo da França organizam, nesta terça-feira (14), a nona rodada de manifestações. No intento de fazer destes os maiores protestos desde o início do movimento, há três meses, os sindicatos pretendem dar um novo impulso a greves setoriais.
Cerca de 600 ônibus tinham sido fretados pelas centrais sindicais para levar milhares de pessoas até Paris para a manifestação, que começou às 13h15 locais (8h15 de Brasília) na Praça da Itália. A passeata irá atravessar a cidade até o Palácio dos Inválidos.
O secretário-geral da Confederação Geral do Trabalho (CGT), Philippe Martínez, líder do piquete, afirmou, recentemente, que a mobilização de hoje será “enorme”, maior do que a realizada no dia 31 de março, a principal contra a reforma trabalhista até agora, que reuniu 1,2 milhão de pessoas, segundo os sindicatos.
Em paralelo às manifestações, foram registradas novas interrupções nas ferrovias, mas com menor intensidade. De acordo com a direção da Sociedade Nacional de Ferrovias, apenas 7,3% dos trabalhadores estão em greve, número superior aos 4,6% da passada segunda-feira (13).
Outros setores participaram das paralisações, em particular os taxistas, houve concentrações em pontos estratégicos da capital, além de creches e na coleta e tratamento de lixo.
A Torre Eiffel e o Palácio de Versalhes fecharam suas portas pelas greves contra o projeto de lei. A proposta feita pela ministra do Trabalho, Myriam El Khomri, tendo inicio, na última segunda-feira (12), a tramitação no Senado.
Há uma convocação de greve de um sindicato dos controladores aéreos, mas a direção da Aviação Civil (DGAC) afirmou que não será preciso cancelar voos, apesar de não descartar atrasos.
Em paralelo, a Air France viveu o quarto dia consecutivo de greve de seus pilotos, que provocou o cancelamento de 20% dos voos, mas por razões internas da categoria, não pela reforma trabalhista.
O aspecto mais polêmico do texto para os sindicatos é o artigo 2, que dá prioridade aos acordos feitos entre empresas e trabalhadores sobre os convênios coletivos.
Comentários
Conteúdo para assinantes. Assine JP Premium.