Sínodo da Família contará com opinião de 14 casais

  • Por Agencia EFE
  • 09/09/2014 12h47

Cidade do Vaticano, 9 set (EFE).- A III Assembleia Geral Extraordinária do Sínodo dos Bispos, prevista para acontecer entre 5 e 19 de outubro no Vaticano, e na qual serão discutidos temas como o casamento gay e o divórcio, contará com 253 participantes, sendo 14 casais para opinar.

A Secretaria Geral do Sínodo dos Bispos publicou nesta terça-feira a lista oficial de participantes desta assembleia que tem como tema “Os desafios pastorais da família no contexto da evangelização” e que foi convocada pelo papa para analisar alguns temas relacionados a esta instituição perante a mudança dos tempos. As duas primeiras assembleias extraordinárias dos bispos aconteceram em 1969 e 1985, dedicadas, respectivamente, “as conferências episcopais e a colegialidade dos bispos”, e a “aplicação do Concílio Vaticano II”.

Serão 191 padres sinodais, aqueles responsáveis por expor suas posições sobre o tema, entre eles 25 chefes de departamento da Cúria e 114 Presidentes das conferências episcopais de todo o mundo: 36 da África, 24 da América, 18 da Ásia, 32 da Europa e quatro da Oceania. A estes se somarão 62 participantes que procedem de outras igrejas, como o presidente do Departamento de Relações Exteriores do Patriarcado de Moscou, Hilarion Alfeyev. Outros 13 casais também que farão parte dos 38 ouvintes, com direito a voz, mas não a voto, e entre os chamados especialistas também haverá outro casal.

Durante estas duas semanas de trabalho, os participantes da Assembleia irão expor suas opiniões com base no “Instrumentum Laboris” (documento de preparação), apresentado em junho, e que foi elaborado com as respostas do questionário enviado às conferências episcopais de todo o mundo sobre temas relacionados à família. Deste documento foi extraída a conclusão da preocupação da Igreja sobre os divórcios, as convivências, as uniões homossexuais, ou as chamadas “famílias ampliadas”, situações que não têm “respostas pastorais”.

Como já anunciou o Conselho Ordinário do Sínodo, o trabalho seguirá uma nova metodologia interna para fomentar a participação mais dinâmica dos padres sinodais. Contudo, para a publicação das conclusões será preciso esperar até 2016. Além deste Sínodo, está prevista a realização de outra assembleia ordinária sobre o mesmo tema no ano que vem. EFE

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