Síria acha que coalizão internacional não tem vontade de acabar com EI

  • Por Agencia EFE
  • 29/11/2014 20h10
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Beirute, 29 nov (EFE). – O ministro das Relações Exteriores sírio, Walid Muallem, afirmou em entrevista a rede de TV “Al Mayadeen” que a coalizão internacional liderada pelos Estados Unidos contra o grupo jihadista Estado Islâmico (EI) não tem realmente vontade de acabar com ele.

“Os membros e o estabelecimento da coalizão estão fora do marco do Conselho de Segurança (da ONU) e incluem países que são atores no conflito. Isso demonstra que não tem vontade de acabar com o EI”, disse o político em entrevista divulgada neste sábado no site da emissora libanesa, próxima ao regime do Irã.

Para ele, a menos que o Conselho de Segurança ou a ONU tomem medidas “verdadeiras” para obrigar à Turquia a controlar sua fronteira evitando o cruzamento de combatentes em direção à Síria, a coalizão não vai eliminar o EI.

O ministro alertou para o risco que representa a criação de uma zona de exclusão aérea no norte do território sírio, na fronteira com a Turquia, como defende o governo turco. Moualem, que fez estas declarações durante uma visita à Rússia, afirmou que esta proposta tem como objetivo dividir o território da Síria.

Ele qualificou de “estratégica” a aliança entre Síria e Rússia, e afirmou que ambos os países trabalham para relançar o diálogo com a oposição síria após o fracasso de Genebra II. O ministro sírio se referia à conferência realizada na cidade suíça no começo deste ano, onde pela primeira vez se sentaram na mesma mesa de negociação membros do regime e da oposição, embora sem resultados.

A coalizão iniciou os bombardeios contra o EI na Síria em 23 de setembro, e embora no começo as autoridades sírias os rejeitaram, no final acabaram por apoiar qualquer “esforço internacional contra o terrorismo”. EFE

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