Sistema energético brasileiro funciona “próximo do limite”, avalia físico e ex-diretor da Eletrobras

Usina de Angra 160311

O sistema de energia no Brasil está operando próximo de seu limite, é o que detecta o físico e ex-presidente da Eletrobras, Luiz Pinguelli Rosa. A constatação veio após o apagão que atingiu ao menos 11 estados e o Distrito Federal na última segunda (21).

Não foi possível atender à demanda de energia, que teve um pico por causa do consumo de energia mais alto no horário da tarde. “Houve uma incapacidade de transmissão do norte para o centro-oeste e o sudeste”, explica Pinguelli. “Não foi possível atender a demanda, várias usinas saíram do sistema como Angra 1”, diz, obrigando o desligamento seletivo do sistema para evitar a queda dele como um todo.

“Isso é uma situação grave: o sistema está operando no limite. É preciso ter uma reserva. Parece que havia muitas usinas termelétricas desligadas por manutenção”, avaliou o ex-diretor. Outro agravante é a pouca água nos reservatórios do sudeste, uma vez que a principal fonte de energia elétrica do País é por meio de termelétricas.

O físico sugere ainda que o governo faça um programa de economia para que incentivar as famílias e o comércio a pouparem energia. “Não precisa desligar o ar-condicionado, só não ligar no máximo”, brinca, por causa do calor.