Skaf diz que Governo não está “conectado” com população ao sugerir pesquisa sobre CPMF
A Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp) divulgou nesta quinta-feira (12) uma pesquisa sobre porque as pessoas não gostam da CPMF. O levantamento, sugerido pelo ministro Joaquim Levy, revelou que 86% da população disse não gostar do imposto; 11% falaram que gostam; e 3% não responderam.
Em entrevista a Jovem Pan, o presidente da Fiesp, Paulo Skaf, afirmou que a pesquisa não seria necessária se o Governo estivesse “conectado com a população brasileira”. Do total de pessoas que sabem o que é a Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira, cerca de 56%, e não gostam dela, 78% a rejeitam “porque é mais um imposto”.
Deste número, 9% dizem não gostar do tributo “porque ela alcança todo mundo”, outros 5% “porque ela é fácil de recolher” e 3% a recusam “porque é transparente”. A pesquisa se ateve às perguntas colocadas pelo ministro da Fazenda em evento da Fiesp no último dia 03. Na ocasião, Levy sugeriu que a imprensa fizesse uma enquete sobre o motivo pelo qual as pessoas não gostam da CPMF.
Para Skaf, o Governo deveria reduzir suas despesas e não criar mais um imposto para a população. “Quanto a ajuste fiscal, o Governo que faça ajuste reduzindo as despesas e não criando novos impostos”, disse.
“Mesmo aqueles que têm conta bancária, a CPMF vai estar embutida no preço dos produtos. Será mais um imposto que vai estar embutido no preço das mercadorias, e isso faz com que toda a população pague”, explicou.
Skaf ressaltou ainda que se o Governo tem a “coragem” de mudar a Constituição para enviar uma PEC para recriação da CPMF, deveria ter a coragem de mudar a Constituição para reduzir os gajstos obrigatórios. “Seja no gasto livre ou nos gastos obrigatórios. O Governo pode reduzir os gastos. Se reduzir, ajustar as contas sem aumento de impostos, pode reativar a economia”, disse.
A pesquisa da Ideia Inteligência foi realizada por telefone, pelo método URA (Unidade de Resposta Audível). Desta forma, as perguntas e respostas são feitas de forma automática pelo teclado. Foram entrevistadas 20.005 pessoas em 122 cidades do País nos dias 07 e 08 de novembro.
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