Sobe para 100 o número de mortes por defeito de ignição em veículos da GM

Washington, 11 mai (EFE).- O número de vítimas fatais causadas pelo defeito do sistema de ignição de veículos da General Motors (GM) subiu para 100 pessoas na América do Norte, segundo dados divulgados nesta segunda pelo fundo de compensação da montadora.

Segundo as estatísticas publicadas pelo fundo, que foi estabelecido no ano passado depois que a GM reconheceu publicamente a existência do problema em 2,6 milhões de veículos, das 474 solicitações de indenização por morte recebidas, 100 foram aprovadas.

Na semana passada, o número de mortes reconhecidas pelo fundo, administrado de forma independente pelo advogado Kenneth Feinberg, especializado em programas de compensação de casos como o dos atentados de 11 de setembro de 2001 nos Estados Unidos, tinha se situado em 97.

O fundo manteve hoje em 12 as indenizações a vítimas que sofreram lesões mais graves (como tetraplegia, paraplegia, amputações duplas de extremidades, dano cerebral permanente ou queimaduras graves) enquanto o número de compensações por lesões menos graves (que causaram hospitalizações) subiu para 172.

No total, o fundo recebeu 4.342 solicitações de compensação, das quais 474 foram por falecimento, 289 por lesões muito graves e 3.579 por menos graves.

A GM se comprometeu a pagar pelo menos US$ 1 milhão por cada morte reconhecida pelo fundo de Feinberg, mas a montadora já reservou centenas de milhões de dólares para fazer frente às consequências do defeito.

O problema, que afeta modelos produzidos pelas marcas da GM antes da criação da nova General Motors em 2009, permite o desligamento involuntário e repentino do motor do veículo, o que desativa seus airbags.

A GM reconheceu inicialmente que o defeito podia estar relacionado com a morte de 13 pessoas nos Estados Unidos e no Canadá, mas as próprias autoridades americanas disseram que o número real seria muito mais elevado.

O número total de vítimas mortais reconhecidas pode aumentar nas próximas semanas, uma vez que o fundo disse que 37 pedidos de compensação estão sendo revisados, que 15 foram apresentados sem documentação e 95 com documentação deficiente.

As demais solicitações de indenização por morte, 227, foram rechaçadas por não apresentar as condições estabelecidas. EFE