Sobe para 59 número de mortos em chuvas na fronteira da Bolívia com o Brasil

  • Por Agencia EFE
  • 22/02/2014 16h42
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La Paz, 22 fev (EFE).- As chuvas e inundações que atingiram a Bolívia há semanas já deixaram 59 pessoas mortas, mais de 59.800 famílias desabrigadas e 108 mil cabeças de gado mortas, informaram neste sábado fontes oficiais.

O ministro da Defesa boliviano, Rubén Saavedra, detalhou à agência estatal “ABI” os números de pessoas mortas e famílias prejudicadas pelas inundações, que castigam sobretudo à região amazônica de Beni, na fronteira com o Brasil.

“Fazendo um balanço, o número das famílias afetadas subiu para 59.800, e 59 pessoas morreram por circunstâncias causadas pelas chuvas”, disse Saavedra, que acompanhou nesta manhã o presidente Evo Morales na entrega de embarcações para o resgate do gado na cidade de Santa Ana de Yacuma.

Enquanto isso, o presidente da Federação de Criadores de gado de Beni, Mario Hurtado, disse à imprensa local que mais de 108 mil cabeças de gado morreram e outro meio milhão de animais está em risco por causa das inundações na região.

Hurtado acrescentou que as perdas para os criadores de gado superam os US$ 65 milhões.

Ao entregar hoje as embarcações para salvar o gado, Morales se disse preocupado porque, segundo ele, as chuvas e inundações registradas este ano são mais fortes que as de seus três primeiros anos na presidência da Bolívia.

“O que está acontecendo especialmente no departamento de Beni é algo nunca visto na história da Bolívia”, disse o governante.

O presidente reiterou seu apelo a que os desabrigados pelas inundações fiquem em locais seguros antes de arriscar a vida para salvar seus bens e ratificou a ajuda do governo para o setor da pecuária.

Segundo um comunicado oficial, a Bolívia está recebendo ajuda do Brasil, da Argentina, da Colômbia, da Espanha, do Reino Unido, do Peru e de organismos como as Nações Unidas, o Banco Interamericano de Desenvolvimento e o Banco de Desenvolvimento da América Latina (CAF), além de empresas privadas como a companhia petrolífera Repsol.

O ministro Saavedra indicou que dispõe de 450 toneladas de ajuda humanitária para os desabrigados e que desse número, 230 toneladas foram destinadas a Beni. EFE

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